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Fim da guerra do Vietnã

A vergonhosa derrota do imperialismo no Vietnã

A "síndrome do Vietnã" até hoje atormenta os estadunidenses não só pelas perdas de soldados, como também pelo alto custo da guerra.[

Recentemente, o final da guerra do Vietnã fez aniversário, foi em 30 de abril de 1975 que essa guerra se encerrou com a derrota dos EUA, que deixaram o Vietnã afirmando que ganharam e então se retiraram. Mas o Vietnã se unificou com o governo socialista de Ho Chi Minh, tendo no comando do exército o general Giap, um dos melhores, senão o melhor do século XX.

O Vietnã é localizado ao sul da China, foi governada pelo imperador Bao Dai até 1945, no final da II Grande Guerra. Era uma colônia francesa conhecida como Indochina francesa ou Federação Indochinesa e era composta por Vietnã, Laos e Camboja.

Ao final da Grande Guerra, ela estava dominada pelo Japão, que se rendeu ao norte ao comando de Chiang Kai-Shek da China, e ao sul aos comandos da França e ao Comando combinado EUA/Inglaterra, conforme acordado na Conferência de Potsdam em julho de 1945.

Nesse momento, se desenvolveu um movimento pela independência da Indochina conhecida como a Primeira Guerra da Indochina contra o domínio francês. O movimento ficou conhecido como Viet Minh, liderado por Ho Chi Minh e o Exército do Povo do Vietnã comando pelo general Giap.

Como a China ficou com a parte norte, em Tonkin, ela aceitou o governo de Ho Chi Minh, sediado em Hanói, mas os britânicos não aceitaram o mesmo com as autoridades do Viet Minh no sul em Saigon e entregaram o governo aos franceses, que estabeleceram o governo na Cochinchina, dando início à guerra de guerrilha.

O lado francês era apoiado pelo exército do antigo imperador, EUA e a Legião Estrangeira Francesa, enquanto o lado vietnamita era composto pelo movimento Viet Minh com apoio da China e da União Soviética. A guerra se estende até 1954 quando o Acordo de Genebra, dentre outras coisas, definiu o fim da Federação Indochinesa e dividiu o Vietnã em dois estados rivais, sendo a República Democrática do Vietnã ao norte e a República do Vietnã ao sul. Essa guerra deixou um saldo de 500.000 vítimas e deu início à guerra do Vietnã, de novembro de 1955 a abril de 1975. 

A guerra do Vietnã, também chamada de Guerra de Resistência contra a América, envolveu também o Laos e Camboja. Essa nova guerra, se pode ser chamada assim, entre o Vietnã do Norte e o do Sul, pode ser chamada de guerra por procuração, já que o imperialismo apoiava o sul e os países comunistas apoiavam o norte e acontece em meio à Guerra Fria entre os blocos imperialista e o comunista. Tal qual o atual conflito entre EUA e Otan contra a Rússia em solo Ucraniano. É o imperialismo impondo sua dominação aos países de desenvolvimento capitalista atrasado.

Na guerra do Vietnã, observando os dois lados em conflito e a época em que ocorreu, vê-se a desigualdade de equipamentos utilizados. O imperialismo e os EUA,com tudo que há de mais sofisticado em equipamentos, contra um país que era essencialmente agrícola, sem indústrias e sem equipamentos de mesmo nível para combater o inimigo. E mesmo nessas condições, tiveram uma atuação heroica e conseguiram levar o conflito por 20 anos e não se curvaram diante do opressor imperialista, apesar da crueldade de ação dos estadunidenses contra o povo vietnamita.

Os EUA utilizaram uma série de armas químicas, como o gás mostarda, que era pulverizado por aviões em toda a selva e deixou marcas profundas nas gerações até hoje com deformações atrozes. O mesmo com o napalm que queimava a pele de quem era atingido. A bomba chamada de cão vadio cheia de estilhaços de aço lançados após o napalm deixava os atingidos como porcos-espinho. 

Bombardeio de hospitais e de escolas ocorreram indiscriminadamente. Foram inúmeros casos relatados de crimes de guerra cometidos pelos EUA no Vietnã por jornalistas que acompanharam a guerra no Vietnã, como Bertrand Russel, por exemplo, que escreveu um livro sobre o assunto que é de causar náuseas. Guerras são por natureza violentas, mas a do Vietnã ultrapassou todos os limites vistos até aquele momento.

Os vietnamitas, com apenas infantaria leve, com poucos aviões, conseguiram se manter firmes e em combate. Muito se deve ao magnífico general Giap e o líder Ho Chi Minh, que com suas brilhantes estratégias, conseguiram impor um inferno aos soldados dos EUA, que tiveram inúmeras baixas e por isso causaram convulsão no país e que se expandiu para todo o planeta.

Assim foi criada uma gigantesca campanha mundial pelo fim da guerra envolvendo partidos políticos, movimentos sociais, artistas de todas as categorias, passeatas gigantescas que pediam pelo fim da guerra de imediato.

Além da campanha mundial pelo fim da guerra, os EUA ainda contaram contra eles o fato que gastaram muito dinheiro dos impostos pagos pelos estadunidenses na guerra que quase levou o país à bancarrota. Isso levou a que eles retirassem o padrão ouro aplicado ao dólar, moeda internacional pelo acordo de Bretton Woods no pós-guerra, causando enormes prejuízos aos demais países com a desvalorização ocorrida.

Quem ganhou com essa guerra foram as empresas que fabricam armamentos às custas da quase falência do estado norte-americano. O número de vítimas é igualmente impressionante. As vítimas entre civis e militares do Vietnã foram entre 966.000 a 3,8 milhões, 240.000 a 300.000 cambojanos e 20.000 a 62.000 laocianos. Já os americanos estimam suas perdas em 58 000 soldados mortos, mais de 300 mil feridos e 1626 ainda desaparecidos em 1975. Será que podemos confiar nesses dados? Com certeza foram maiores.

A guerra do Vietnã foi o maior confronto armado que os EUA participou e a derrota acachapante gerou a “síndrome do Vietnã” na sua população e igualmente afetou a cultura e a cinematografia deles. Até hoje eles sentem o impacto negativo do resultado da guerra, mas repetiram a dose no Iraque, Irã, Líbia e Afeganistão. Isso prova que se trata de pura selvageria para se manter no poder mundial, custe o que custar.

Os gastos do governo dos EUA com armas, desde a guerra do Vietnã, tem levado ao colapso do orçamento com uma dívida pública impagável. Soma-se a isso a descrença que seus aliados passaram a ter devido à apreensão das reservas internacionais da Rússia, Venezuela, etc. Os bloqueios econômicos contra China, Rússia, Cuba, Venezuela, tudo isso está causando a desvalorização do dólar. Ao mesmo tempo, o Iuan e o Rublo estão valorizando.

Como os países membros dos BRICS estão usando suas próprias moedas nas transações entre eles, deixando de usar o dólar, a situação está ficando cada dia pior para o dólar e o domínio hegemônico dos EUA. Estão literalmente em processo de franca extinção. E que esse processo seja muito rápido pelo bem do planeta.

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