Russia contra OTAN

A verdadeira cronologia da guerra na Ucrânia

Na imprensa capitalista há muita manipulação dos verdadeiros acontecimentos da Guerra da Ucrânia, para defender principalmente o imperialismo, distorcem completamente os fatos

A guerra na Ucrânia completou um ano na última sexta-feira, dia 24 de fevereiro. A intervenção da Rússia no começo do ano passado foi uma consequência de um longo conflito na região que vem se desenvolvendo desde a 2º Guerra Mundial. Os grupos nazistas atuam naquela região desde então, e a situação de hoje é resultando dessa longa preparação política. Na reportagem do companheiro Rafael Dantas, Dirigente Nacional do PCO que esteve na Rússia ano passado, o leitor tem acesso a uma cronologia dos acontecimentos desde o golpe de 2014 na Ucrânia que culminaram nas ações especiais russas na região.

Importante destacarmos, que o Partido da Causa Operária enviou dois correspondentes deste Diário, para poder acompanharmos de perto os acontecimentos da guerra. Um acontecimento político desta magnitude, contra o imperialismo, precisava ser ​​acompanhado de perto. Por isso, apresentamos neste artigo uma cronologia verdadeira sobre a guerra na Ucrânia.

21 de fevereiro – O presidente russo Vladimir Putin anunciou o reconhecimento de seu país das repúblicas de Donetsk e Lugansk como países independentes.

24 de fevereiro – A Rússia iniciou a operação militar especial para ajudar as forças do Donbass a recuperar seu território completo e enfrentar o exército e as forças nazistas ucranianas na região.

2 de abril – O suposto massacre de Bucha receber muita atenção na imprensa pró imperialista e repercutir entre as lideranças imperialistas. A denúncia seria de que os russos teriam massacrado de maneira indiscriminada a população civil da cidade localizada na proximidade de Kiev. O Ministério da Defesa Russo negou tais acusações e alegou que os vídeos e fotos descrevendo o evento seriam uma provocação e uma falsificação do regime de Kiev em sua campanha propagandística que buscava maior envolvimento da OTAN no conflito.

21 de abril – Rússia anuncia tomada da cidade de Mariupol, uma das principais redutos dos nazistas no país. Onde a população estava sendo fortemente massacrada pelos grupos nazistas. Há inúmeros relados da população civil sobre a ação dos nacionalistas ucranianos, como fuzilamento de civis, ataques as residências, estupros e inúmeras atrocidades contra os russos da região.

17 de maio – Mariupol é finalmente liberta pelos russos e pela RPD. Após cercar o restante das forças pró-Kiev em uma siderúrgica, forças russas passaram quase um mês esperando a rendição de militares ucranianos e milicianos nazistas, além da libertação dos reféns mantidos como “escudos humanos” Um total de 2.439 soldados foram capturados desde o dia 16 de maio.

18 de maio – Suécia e Finlândia apresentaram pedido de adesão a OTAN. Aproximação dos países bálticos à OTAN demonstrou que a preocupação da Rússia é real e que sua operação na Ucrânia necessária. População sueca e finlandesa eram contra a adesão.

16 de junho – líderes de Alemanha (Olaf Scholz), França (Emmanuel Macron) e Itália (Mario Draghi) visitam Kiev para se reunir com Zelensky. Uma semana depois, a União Europeia reconhece a Ucrânia como país candidato a entrar no bloco.

20 de agosto – Aleksandr Dugin, um importante teórico do nacionalismo russo, criador da quarta teoria política, sofre tentativa de assassinato com bomba, O artefato explodiu o carro onde estava a sua filha, Daria Dugina. Dugin é forte apoiador das operações russas na Ucrânia, defende a total incorporação da Ucrânia.

7 de setembro – Rússia ameaça cortar todo fornecimento de gás à Europa

5 de outubro – Putin anexa região do Dombass. No dia 5 de outubro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, incorporou formalmente mais de 15% do território da Ucrânia ao russo. As leis que anexam as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia foram aprovadas pelo parlamento russo e, em seguida, assinadas por Putin. O resultado do referendo do retorno da República de Donetsk à Russia, com aceitação de mais de 95% da população foi uma salvação para uma região que resistia ha 8 anos em uma guerra sangrenta e desumana contra o imperialismo e nazismo ucraniano.

30 de novembro – Comissão Europeia publica dados das perdas de efetivos militares e civis da Ucrânia mais de 20.000 civis e 100.000 militares já morreram. Esses dados logo foram retirados do ar, pois demonstravam a fragilidade da situação ucraniana.

21 de dezembro – Volodymyr Zelensky  se encontrou pessoalmente com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. Foi a primeira visita de Zelensky ao país desde o começo da operação militar russa.  Segundo fontes do governo norte-americano, um pacote de ajuda de cerca de US$2 bilhões seria anunciado. A visita foi uma demonstração clara do apoio dos EUA ao conflito e a servidão do presidente golpista Zelensky ao imperialismo norte-americano.

25 de janeiro – O governo alemão informou que enviou 14 tanques Leopard-2 e permitiu que outros países fornecessem o modelo para apoiar o Exército nazista ucraniano. Milhares de alemães foram às ruas da capital Munique para protestar contra o fornecimento de tanques e armas à Ucrânia.

27 de janeiro – Uma solicitação do governo alemão para que o Brasil enviasse munições de tanques para a Ucrânia foi negada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Brasil possui uma posição de neutralidade diante do conflito na Ucrânia.

20 de fevereiro – Biden, presidente dos EUA, realiza uma visita surpresa a Kiev. A visata foi confirmada pela Casa Branca e é um um sinal de que os EUA não vão parar. Ochefe de Estado norte-americano confirmou ao homólogo ucraniano que o país receberá um novo pacote de ajuda militar no valor de US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões).

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