Uma das frases mais memoráveis da história de vida de Pelé, é aquela dada por seu Pai, o ex-jogador de futebol Dondinho, que afirmou junto a sua esposa e mão de Pelé, Celeste, que “O maior gol que marquei na vida foi uma tabelinha com Celeste: Edson Arantes do Nascimento”.
Esta frase ganhou destaque nos cinemas e nos jornais, porém quem foi Dondinho?
João Ramos do Nascimento, nascido em outubro de 1917 em Campos Gerais e com falecimento em Santos, 16 de novembro de 1996, mais conhecido como Dondinho, foi além de pai do Rei do Futebol, um ex-jogador de futebol, com passagens por clubes como Atlético Mineiro, Fluminense e Bauro. Ficou conhecido em seu período de jogador como “Maleável”, devido à sua facilidade para subir para o cabeceio.
– Era um craque. Centroavante que não ficava apenas preso dentro da área. Sabia jogar pelo chão, além de ser um grande cabeceador. Uma vez, quando o Atlético conquistou um título, Dondinho foi carregado pela cidade – afirmou Victor Cunha, ex-presidente do Atlético de Três Corações .
Foi uma lesão no entanto, que complicou seu futuro no futebol. Em uma partida entre Atlético Mineiro e São Cristóvão, a primeira dele pelo clube e onde marcou também seu primeiro gol, Dondinho se lesionou após uma entrada do zagueiro Augusto da Costa, que mais tarde viria a ser jogador do Vasco da Gama e da Seleção Brasileira.
Sobre Dondinho, Alexandre Garcia escreveu ao Jornal Bom dia Brasil:
“Vou contar uma história que aconteceu com o pai de Pelé, Seu Dondinho. Entregador de leite, alto e forte, ele era a estrela do time de Campos Gerais. Driblava todo time adversário e, depois, fazia gol de cabeça. Os torcedores da época garantem que Dondinho era melhor que Pelé. Até que um dia, em um jogo contra o time de Alfenas, Dondinho e a bola estavam incompatíveis. Dondinho deveria estar doente. O time local perdeu e a torcida ficou furiosa com o jogador. O presidente do clube, o padeiro Alcides, demitiu Dondinho e ele teve que deixar Campos Gerais, por causa da fúria da torcida. Foi para Três Corações, onde entrou no time do Exército e abriu seu coração. Casou e, em outubro de 1940, nasceu Édson, o Pelé. Este é o único caso em que a fúria da torcida gerou um rei!“