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A polícia é a maior organização criminosa do Brasil

Os esquadrões da morte chamados de polícia são os responsáveis por introduzir a violência nas comunidades pobres

A polícia brasileira é uma maquina de guerra contra o povo trabalhador. Nos últimos seis dias, tropas policias em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia executaram chacinas que assassinaram ao menos 43 pessoas (em números oficiais). São operações que de tão violentas aparecem na imprensa. Estas são apenas a ponta do iceberg do esquadrão da morte que são todas as forças de repressão do Brasil. Polícia Militar, Civil, Rodoviária Federal, Federal, GCM e Força Nacional, dentre outras, são todas tropas fascistas que tem como único objetivo oprimir brutalmente a população pobre brasileira.

O caso que se destacou foi o de São Paulo, no Guarujá, onde a Rota, para se vingar da morte de um soldado, assassinou ao menos 14 pessoas. As execuções feitas a sangue-frio não tem critério, baste ser um morador da favela. Mulheres, crianças, homens, todos foram alvejados por balas de fuzis da Política Militar do Estado de São Paulo. Sob o governo do bolsonarista Tarcísio de Freitas seguem a tradição do PSDB de massacre constante da população. E como e costume, os trabalhadores não foram apenas assassinados mas também torturados pela tropa da Rota.

Os moradores da favela Vila Baiana já contabilizaram 19 mortos e afirma que a polícia planeja matar 60, e que ao menos 30 pessoas serão assassinadas. O motivo dado, como de costume, é o assassinato de um policial, assim ganham uma justificativa para realizar uma chacina. Contudo a Rota, e as demais polícias do Brasil, diariamente assassinam dezenas de pessoas sem necessitar de nenhuma justificativa. Essa política de aplicar uma violência monstruosa após a morte de um soldado é uma forma de aterrorizar a população, de deixar claro de que não é possível resistir a violência policial. Que se alguém revoltado tentar eles irão assassinar a sangue-frio dezenas de pessoas. 

No Rio de Janeiro, na manhã dessa quarta-feira (2), uma nova chacina aconteceu na Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão. É a segunda em pouco mais de um ano. Em maio de 2022 a polícia militar, auxiliada pela Polícia Rodoviária Federal assassinou 24 pessoas na comunidade. No día de ontem ao menos 10 pessoas foram executadas. Em uma operação conjunta da BOPE (PM) com a CORE (polícia civil). No memento em que esse artigo foi escrito, apenas seis fuzis haviam sido apreendidos pelo esquadrão da morte, isto é, 4 fuzis a menos do que o número de pessoas assassinados. Fica muito claro qual é objetivo real da polícia ao adentrar as favelas.

A justificativa para a invasão da favela é a de realizar uma operação contra o Comando Vermelho. Aqui se expressa a tese que toda a direita reacionária unificada usa para defender a polícia, desde a Rede Globo até o próprio Bolsonaro: contra “bandidos” se pode realizar qualquer coisa. É uma política medieval. Qualquer ação ultra violenta tomada pela polícia é automaticamente respondida com esses “argumentos”. O PCC, o CV e as demais facções justificam as ações da polícia, que são muito piores do que todas as facções do Brasil unidas. Para se ter uma ideia no Rio de Janeiro, e muitos outros estados, a polícia é o maior responsável por homicídios de longe. Em janeiro de 2019, por exemplo, ela foi responsável por ⅓ de todos os homicídios. Em outras palavras, 0,27% da população do Rio realizou 33% dos assassinatos.

O caso da Bahia é ainda mais emblemático. Foram 19 pessoas assassinadas pela polícia entre sexta e segunda-feira. Em Camaçari, na periferia de Salvador, foram 7 pessoas assassinadas na sexta-feira (28). Em Itatim, há 200 km da capital, foram 6 homens e duas mulheres no domingo (31). E em Salvador, na região de Jaguarari, foram mais 4 assassinados pela polícia na segunda-feira (01). O caso da Bahia mostra que a polícia realiza um massacre constante contra a população pobre. Quase que foram diariamente realizadas execuções coletivas. No caso de Camaçari a polícia alegou que os homens “iriam atacar um grupo rival” e por isso assassinou 7 pessoas. Como dito acima, é a tese do “vale tudo contra os bandidos”, que se cristalizou no bordão “bandido bom é bandido morto”.

As polícias de São Paulo, Rio de Janeiro e da Bahia estão entre as piores do Brasil, mas não estão tão distantes da realidade geral. No campo, onde vivem dezenas de milhões de pessoas, é possível afirmar que a situação é ainda pior. Os policiais atuam como capangas dos latifundiários não só assassinando a população pobre, em geral, mas também as suas lideranças políticas. Nas cidades, por sua vez, há uma concentração enorme de forças de repressão, batalhões especiais de todo tipo, guardas municipais armados, polícia civil armada, até mesmo a polícia rodoviária federal passou a atuar nas chacinas. São tropas fascistas, tanto em sua ideologia quanto em sua ação.

Essa máquina de guerra contra o povo cresce a cada ano que passa, ganha armas cada vez mais modernas. Nas cidades grandes eles possuem até mesmo blindados que são verdadeiros equipamento de guerra. No Rio de Janeiro é comum a polícia andar nas ruas com fuzis e balaclavas tapando seus rostos. Em alguns bairros, inclusive, eles tomaram controle até mesmo do tráfico de drogas e impõe uma ditadura com os chamados “milicianos”. E mesmo com todo esse poder não há melhora nenhuma na questão da “criminalidade”. Isso porque os problemas sociais nunca se resolverão por meio da repressão. Essa é uma farsa criada para justificar a repressão à população.

A polícia brasileiro é um esquadrão da morte. Uma organização fascista que tem como único objetivo massacrar e aterrorizar a população. A única política possível em relação à polícia é defender a sua extinção completa. Nenhum esquadrão fascista deve seguir marchando nos bairros operários do País. A população tem plena capacidade de organizar a sua segurança de forma comunitária com eleições de representantes em cada bairro. E, além disso, a esmagadora maioria dos males taxadas como crimes só cessarão de existir com o fim da miséria e da desigualdade. Nesse sentido, as polícias são o principal baluarte de sustentação da criminalidade, isso não só porque elas introduzem a violência nas comunidades, mas porque elas são responsáveis por garantir que os explorados não se revoltem contra a sua realidade. 

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