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Pressão para a guerra

A mando do imperialismo, CEDEAO marca “Dia D” para invadir Níger

Estados Unidos e França pressionam Níger para justificar guerra após diplomacia natimorta organizada pelos fantoches da CEDEAO

A mando dos Estados Unidos e França, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a “OTAN africana”, vergonhosamente vem atuando para pressionar os países que vem varrendo o imperialismo. Uma delegação da África Ocidental chegou a Niamey, capital do Níger, neste sábado (19), para tentar, mais uma vez, recorrer à mediação diplomática com a junta militar que assumiu o poder no país em 26 de julho. 

A visita ocorre um dia depois que a CEDEAO anunciou que marcou uma data para sua intervenção militar no Níger. “O dia D da intervenção militar foi decidido, mas não vamos revelar quando será”, disse Abdel-Fatau Musah, comissário de Assuntos Políticos e Segurança da organização. 

Em 26 de julho, o autoproclamado Conselho Nacional de Defesa da Pátria (CNSP), tomou o poder no Níger, resultando na derrubada do presidente Mohamed Bazoum e na anulação da Constituição. Os líderes da ação também anunciaram a formação de um governo de transição no país. 

Nesse processo, pelo menos 17 soldados do exército nigerense morreram e outros 20 ficaram feridos em um ataque terrorista na região de Tillabéri, na fronteira com Burquina Fasso. Anteriormente, a CEDEAO entrou com uma ação para reintegrar o presidente deposto. No entanto, as novas autoridades nigerenses rejeitaram o ultimato, após o que os representantes do bloco defenderam a “intervenção militar”. Mais tarde, a organização anunciou o início da ativação de suas forças de reserva para restaurar a ordem no Níger.

Neste sábado, para respaldar o governo do Níger, Mali e Burquina Fasso enviaram aviões de ataque Super Tucano para o Níger, dispostos a ajudar este país no confronto com a CEDEAO. A União já afirmou que o plano de invasão militar está acertado e por isso o Níger se prepara.

O plano de ação franco-americano em resposta ao golpe no Níger causou divergências entre os dois países, com autoridades francesas expressando frustração com a disposição de Washington de conversar com a junta militar nigeriana, relata o diário americano Político. Neste vácuo de poder, o Níger segue determinado, sem ceder um palmo ao imperialismo.

Enquanto a França se recusou categoricamente a conversar com os líderes do golpe e apoiou a proposta da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para uma intervenção militar no Níger, os EUA enviaram recentemente a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos, Victoria Nuland, como um emissário para se encontrar com os líderes do golpe. Além disso, o governo dos Estados Unidos tem se abstido de declarar oficialmente que se trata de um golpe, insistindo que ainda há um caminho de diálogo para restabelecer a democracia no país africano.

Burquina Fasso apoiará o Níger em caso de intervenção militar da CEDEAO

Burquina Fasso está se preparando para que as forças da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) lancem uma intervenção militar no Níger e está pronto para apoiar Niamey, disse o ministro da Defesa de Burquina Fasso, Kassoum Coulibaly. “Prevemos uma agressão [contra o Níger]. De qualquer forma, o chefe do nosso Estado diz que estamos prontos para a agressão, apoiamos o Níger”, disse Coulibaly.

O ministro acrescentou que o país está disposto a retirar-se da CEDEAO, por considerar ilógica a política da associação em relação ao Níger. Burquina Fasso e Mali posicionaram seus aviões de guerra no Níger em sinal de solidariedade com aquele país para repelir qualquer agressão após o golpe.

Este meio assegura que, ao enviarem os seus aviões para aquela nação africana, Ouagadougou e Bamako “põem em prática os seus compromissos constantes da sua declaração conjunta de solidariedade” para “lutar contra qualquer tipo de agressão contra o Níger”.

Além disso, funcionários dos Estados-Maiores do Mali, Burquina Fasso e Níger se reuniram em Niamey “para finalizar um plano de rejeição da agressão covarde e ilegal concebida pela CEDEAO”. O objetivo da visita é tentar, mais uma vez, a mediação diplomática com os militares nigerianos que tomaram o poder no país. 

O grupo dos 3 está determinado a seguir enfrentando o imperialismo, não cedendo às provocações da mini-OTAN – o CEDEAO. O que sucede é o apoio da Rússia com armas, em logística e provisões econômicas, especialmente alimentos. A decisão desses países parece inabalável e uma guerra na África pode estar se aproximando, aumentando a crise do imperialismo.

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