Uma pesquisa realizada em setembro chegou ao resultado que 53% dos palestinos afirmaram que acreditam que uma “luta armada” contra Israel é a melhor maneira de estabelecer um Estado, em comparação com apenas 20% que preferiam negociações. Foi o que publicou a imprensa imperialista The Economist. Poderia ser que com o início do confronto armado no dia 07 de outubro a popularidade da luta armada diminuiria, contudo o mesmo órgão de imprensa afirmou:
“À medida que a guerra em Gaza continua, juntamente com a divulgação de imagens do enclave que mostram civis mortos pelos bombardeios de Israel, a popularidade do Hamas parece estar aumentando, enquanto a do governo palestino (AP) parece estar em declínio.” O Hamas é a principal organização que defende a luta armada, já o Fatah, que governa a Autoridade Palestina, AP, é quem defende a tese da negociação. Sendo assim a luta armada só ganhou popularidade nas últimas semanas.
A situação é tão crítica na verdade que o artigo afirma que o próprio governo da AP pode cair: “Quando surgiu a notícia de uma explosão no hospital Ahli Arab em Gaza, multidões enfurecidas saíram às ruas da Cisjordânia. No entanto, a raiva não foi direcionada a Israel, que a maioria dos palestinos acredita ter bombardeado o hospital. Em vez disso, a raiva foi direcionada à AP. Centenas marcharam em direção ao complexo presidencial de Abbas em Ramallah. Em um eco dos protestos que abalaram os países árabes e derrubaram governos em 2011, muitos entoaram: ‘O povo quer a queda do presidente’.”
Esses dados são uma demonstração de que o Hamas e as demais organizações que luta de armas na mão, como a Jihad Islâmica, são as mais populares entre o povo da Palestina.