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Antissemitismo?

A firma sionista por trás da censura contra universidades

Kasowitz Benson Torres processa universidades e pressiona por demissão de reitores democratas.

A resposta aos massivos movimentos nas universidades norte-americanas contra o genocídio do povo palestino, realizado pelo Estado nazista de “Israel” e apoiado pelos EUA, tem sido a repressão e a censura de estudantes e do corpo técnico das instituições, contando já com a demissão de reitores de importantes universidades, como a presidente da Universidade da Pensilvânia, Liz Magill. Doadores bilionários pró-“Israel” e políticos pressionam para a demissão de Claudine Gay, de Harvard; a Universidade de Nova Iorque também está sob ataque cerrado dos sionistas, bem como as universidades da Pensilvânia (UPenn), Cornell, Columbia, MIT, Stanford e UC – Berkeley.

As acusações contra essas universidades partem de estudantes, membros de associações judaicas, que alegam que as universidades seriam omissas diante do “antissemitismo”. Essas denúncias, então, chegam aos tribunais, onde são levadas adiante por grandes e ricos escritórios de advocacia, que têm relações diretas com o governo de “Israel” e seus sócios nos Estados Unidos. Para completar o esquema repressivo, foi formada no Congresso norte-americano uma sinistra Comissão da Câmara para investigar o antissemitismo.

O mais conspícuo e temido desses grandes escritórios de advocacia que estão a serviço do sionismo e da extrema direita mundial é o famigerado Kasowitz Benson Torres.

Fundado em 1993 pelo advogado Mark Kasowitz, o escritório estava registrado no Departamento de Justiça dos EUA até o ano de 2021. Kasowitz se apresenta como “o advogado mais temido dos EUA” e ficou famoso no país por seu trabalho representando as grandes companhias de tabaco.

Mark Kasowitz é considerado um aliado de Trump, mas ele e sua esposa também foram grandes doadores das campanhas de Barack Obama, Joe Biden e outros políticos do Partido Democrata, como o senador Chuck Schumer. O ex-senador Joe Lieberman, um neoconservador radical, atualmente trabalhando como presidente do grupo “Unidos Contra um Irã Nuclear” também está na lista de pagamentos da Kasowitz Benson Torres. Lieberman, quando ainda era congressista, propôs, já em 1995, a transferência da embaixada norte-americana em “Israel” de Telavive para Jerusalém, uma clara provocação aos árabes e palestinos.

Até 2017, o escritório de advocacia era conhecido como Kasowitz Benson Torres & Friedman. Neste ano, o sócio David Friedman tornou-se embaixador dos EUA em Israel. Friedman trabalhou junto ao genro de Trump para pressionar o então presidente a tomar atitudes mais favoráveis a “Israel” e contra os palestinos.

A carteira de clientes de Kasowitz Benson Torres é de dar arrepios e ânsia de vômito. Todo tipo de gângster, trambiqueiro e nazista, além de empresas que podem ser chamadas de assassinas, sem risco de se cometer injustiça, estão entre os seus clientes, entre eles um bilionário ucraniano preso que financiou milícias neonazistas e empresas acusadas de fraudar e até matar consumidores.

A empresa farmacêutica israelita Teva, conhecida por causar a escassez de um remédio vital para a maioria dos casos de câncer infantil, para o qual não há substituto, está entre esses clientes. A Teva considerou a produção do medicamento pouco lucrativa. O bilionário ucraniano, Ihor Kolomoisky, atualmente preso em Kiev, por falcatruas bilionárias contra o banco gigante financeiro ucraniano Privatbank, junto com seus associados nos Estados Unidos, também fazem parte da carteira de clientes da Kasowitz Benson Torres (KBT).

A coisa não para por aí. A KBT teve que admitir ser enquadrada como agente estrangeiro no Departamento de Justiça dos EUA, após aceitar representar um especulador imobiliário de Israel, especializado na construção de condomínios de luxo destinados a judeus ultra ortodoxos, em colônias ilegais na Palestina.

Agora a Kasowitz Benson Torres atende à demanda de estudantes de origem judaica, todos a soldo do sionismo, que alegam estarem sofrendo ataques antissemitas nos seus respectivos ambientes universitários nos EUA.

Antissemitismo de fancaria

O papel da “ameaça comunista” dos anos 1950 foi substituído agora pelo cínico antissemitismo, produzido e inventado por estudantes pagos pelo sionismo para fazerem as denúncias e intimidarem alunos e professores que protestam contra a barbárie sionista contra os palestinos. As alegações e “provas” do antissemitismo são as mais fúteis e subjetivas.

Nomes de alguns destes estudantes que demandam na Justiça e no Congresso providências e reparações por sofrerem com o antissemitismo nos campi das grandes universidades norte-americanas são: Jonathan Frieden , um estudante de Direito de Harvard que trabalha como presidente da Alliance for Israel; a estudante de graduação do MIT Talia Khan, presidente da MIT Israel Alliance; e Bella Ingber, copresidente do Students Supporting Israel da NYU, Eyal Yakoby, um sênior israelo-americano da UPenn.

Na verdade, os únicos semitas que estão sendo realmente, concretamente, discriminados e massacrados são os palestinos. Contra os judeus não há notícias reais de perseguição ou demonstrações ostensivas de preconceito e desrespeito acintosos.

As pessoas mais conscientes e ativas na luta contra o genocídio em curso contra a população civil palestina têm muita clareza de que o conflito israelo–palestino tem muito pouco ou nada a ver com etnia ou religião, mas, sim tem tudo a ver com a política colonial do Estado de “Israel” e de seus aliados imperialistas. A luta verdadeira é contra um Estado de apartheid de características claramente nazistas, e não contra o povo judeu, que também sofre nas mãos de Benjamin Netanyahu e seus cúmplices genocidas.

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