Diante de uma guerra, devemos sempre levar em consideração aquela velha máxima histórica, a primeira que morre é a verdade. Vimos isso valer em todos os conflitos, os mais recentes e mais escancarados estão sendo sobre a guerra na Ucrânia e a Rússia e agora diariamente em toda a imprensa ligada ao imperialismo no caso da Palestina e Israel.
A campanha gigantesca começou na tentativa de colocar os palestinos e o Hamas como terroristas. Não que a imprensa da burguesia já não fizesse isso em outras oportunidades, mas após o bombardeio do Hamas em Israel, a campanha alcançou níveis estratosféricos e continua. No entanto, não se fala nada sobre os 75 anos de crimes cometidos pelo Estado de Israel contra o povo palestino de forma alguma.
O mais recente e mais curioso fato foi o de que o Hamas teria assassinado e decapitado 40 bebês israelenses. Como um rastilho de pólvora orquestrado e amplamente divulgado a informação de decapitação de 40 crianças pelo Hamas tomou conta de toda imprensa, tanto nos maiores meios de comunicação do mundo, como também em todas as plataformas de redes sociais. No entanto, o próprio exército do Estado nazista de Israel negou os “fatos”.
“Vimos a notícia, mas não temos detalhes ou confirmação sobre isso,” declarou um porta-voz das forças sionistas à agência de notícias turca Anadolu (“Israeli army says it does not have ‘confirmation’ about allegations that ‘Hamas beheaded babies’“, Turgut Alp Boyraz, 10/10/2023), declaração do próprio exército israelense.
O caso é simples e fica claro como imprensa trabalha contra a Palestina e faz campanha mentirosa para tentar justificar o genocídio em marcha que está sendo organizado pelo Estado de Israel junto do imperialismo contra o povo palestino. Aqui no Brasil a suposta decapitação de 40 bebês tomou a manchete de todos os jornais golpistas, entre eles, O Globo e o Estadão. Esse tipo de informação acaba ficando registrada pelas pessoas mais desavisadas.
Uma das primeiras histórias contadas pela imprensa sobre o conflito seria a de que encontraram 260 corpos na festa que acontecia próximo a Gaza no momento do bombardeio do Hamas. Corpos que até agora ninguém viu. Essas mentiras ficam fora de controle para justificar, aí sim a verdade, que Israel está matando indiscriminadamente crianças, mulheres, idosos e civis na faixa de Gaza.
Sendo assim, se tratando de guerra, tudo deve ser posto em cheque, deve-se desconfiar de tudo, não adianta ver uma imagem associada a um texto e pronto, estamos diante da realidade. Vemos aqui que a imprensa que se diz democrática não perde um minuto para inventar as maiores mentiras possíveis para moldar a opinião em prol dos interesses do imperialismo.
Por outro lado temos os canais de imprensa independente, de esquerda e progressistas que estão sofrendo com a censura, o boicote e até mesmo perseguição. O caso do companheiro Breno Altman é claro, o site do qual ele é editor Opera Mundi sofreu um corte de monetização por conta da sua posição e suas denúncias a favor da Palestina. Este diário por exemplo vem sofrendo um ataque também e sofre com instabilidade desde que começou a guerra, é óbvio que estamos sendo atacados por causa da posição do Partido da Causa Operária.