Jean Wyllys e Márcia Tiburi fugiram do Brasil entre o final de 2018 e o começo de 2019. A alegação de ambos eram ameaças que diziam sofrer de hordas enlouquecidas de bolsonaristas. Com a eleição de Bolsonaro, a extrema-direita estava em alta no País.
As ameaças deviam ser reais. Na época, os bolsonaristas se sentiam à vontade para ameaçar na internet e até intimidar nas ruas. Embora tenha havido alguns caso de violência, em geral, tudo não passava de latidos.
A fuga de Wyllys e Tiburi foi uma demonstração de covardia muito profunda. Além de covardia, uma demonstração bastante desmoralizante de individualismo para pessoas que se apregoavam lideranças de algum movimento ou ao menos de um setor da esquerda.
Os dois estavam no seu direito de fugir. O problema é que sua covardia foi apresentada como grande feito heroico. Se apresentavam com grandes mártires exilados políticos. Um péssimo exemplo para o povo se transformou num grande ato.
Agora, ambos retornaram ao Brasil. Lula ganhou uma eleição apertadíssima, muita coisa aconteceu durante os quatro anos de governo Bolsonaro, teve pandemia, tiveram manifestações de rua.
De nada disso, absolutamente nada disso, Jean Wyllys e Márcia Tiburi participaram. E depois que o povo comeu o pão que o diabo amassou, eles retornam com direito a festinha.
Se fosse apenas pela covardia dos dois, estava tudo bem. O problema é a falsificação da esquerda de classe média que transforma covardia em heroísmo.