O anúncio da Petrobras de elevar em 7,4% o preço médio da gasolina nas refinarias, a partir desta quarta-feira, dia 25, fará com que o valor de R$3,08 passe para R$3,31 por litro. Trata-se do primeiro aumento do preço dos combustíveis no governo Lula. O aumento ocorre antes mesmo do novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT-RN) ter tomado posse como presidente da companhia, indicado pelo novo presidente da República.
A última vez que o preço da gasolina foi alterado havia sido no início de dezembro, no apagar das luzes do governo Bolsonaro, e, mesmo assim, foi numa condição de redução de 6,1%. O relevante dessa decisão passa imediatamente pela intenção de favorecer os ganhos dos acionistas da empresa e também de pressionar o governo Lula em termos da política do preço dos combustíveis, que ainda deverá decidir sobre essa matéria.
De acordo com o “mercado”, esse aumento, programado para hoje (quarta-feira, dia 25), não será suficiente para cobrir a defasagem existente desde que o governo Bolsonaro optou pela redução dos impostos, que sobrecarrega ainda mais os valores dos combustíveis. Essas defasagens ocorrem devido a variação nas cotações internacionais, o que garante a continuidade dos ganhos dos acionistas nacionais e estrangeiros. Tal é a política do denominado PPI (Preço de Paridade de Importação), em que se determina que as variações nos valores das cotações do preço do petróleo e do dólar no mercado internacional sejam repassadas ao consumidor em forma de aumentos periódicos.
O governo sinalizou que irá rever essa política desastrosa para os consumidores e para o país; enquanto isso prorrogou, por 60 dias, a isenção dos impostos federais que incidem sobre o valor dos combustíveis até definir uma nova política para o preço dos combustíveis. Esse aumento de hoje, 25 de janeiro, ocorrerá um dia antes do Conselho de Administração da Companhia se reunir para decidir sobre a nomeação de Prates à frente da Petrobras, o que demonstra claramente a intenção do “mercado” de lucrar o máximo, antes da posse de um novo presidente da empresa e ainda provocar um desgaste político no novo governo como estratégia da burguesia nacional em conluio com o imperialismo de minar as bases da administração política de Lula.
Estamos apenas no vigésimo quinto dia do governo, e os planos de desestabilização já foram colocados em prática contra Lula e contra o povo brasileiro; além disso, o panorama indica que os ataques tendem a continuar com muita ferocidade e com ainda mais intensidade.