Um estudo realizado pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL) publicado no ano de 2016 revela a verdadeira situação dos índios brasileiros. Ao contrário do que é propagandeado pela esquerda pequeno burguesa e organizações não-governamentais financiadas pelo imperialismo, a situação do índio brasileiro é lamentável.
Segundo os dados da CEPAL, em 2016 cerca de 49% dos índios no Brasil pertenciam a quinta parte (20% da população) mais pobre da população brasileira e cerca de 18% vivem em condições sub-humanas e estão na extrema pobreza.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a extrema pobreza é classificada como uma renda diária inferior a US$ 1,90 por dia, sendo que esse valor, em reais, é próximo de R$ 168,00 por mês.
Só para efeito de comparação, a taxa de pessoas em condições de extrema pobreza entre os negros é de 6% e entre os brancos é de 3%. De pessoas negras, a taxa de pessoas que está na quinta parte mais pobre da população é de 33% e de 18% entre os brancos.
A situação consegue ser uma das piores da América Latina, que em média 37% dos indígenas fazem parte dos 20% mais pobres.
A situação evidenciada pela pesquisa da Cepal mostra que o índio brasileiro não é aquele índio mítico apresentado na imprensa burguesa e muito menos pelo imperialismo. É uma situação totalmente oposta, desde falta de dinheiro e de recursos básicos como acesso à água, energia elétrica, educação e saúde.
Não é o garimpo que deixa os índios nessa situação
O caso propagandeado da situação absurda em que se encontram os índios Ianomâmis em Roraima está sendo colocada como uma causa da atividade garimpeira. Apesar dessa propaganda falsa realizada pelas organizações não-governamentais financiadas pelo imperialismo e pela Rede Globo, a atividade garimpeira não deixa os índios nessa situação de extrema pobreza, ao contrário gera até recursos para as comunidades indígenas.
É claro que o garimpo ilegal dentro das terras indígenas deve ser evitado e dado alternativa para a população pobre que se sujeita a se embrenhar no meio da mata em condições péssimas de sobrevivência, sem nenhum recurso ou auxílio caso necessite, como saúde, por exemplo.
Mas o que está sendo apontado pela imprensa burguesa e as ONG`s não condiz com a realizada e ainda pode agravar ainda mais a situação dos índios brasileiros. Ao contrário do que é dito, muitos índios vão para o garimpo numa tentativa de sair da situação de pobreza e melhorar as condições de vida, muito duras, ao contrário do que dizem sobre os índios.
Quem conhece ou já visitou uma terra indígena em que há ouro ou outros minerais valiosos, sabe que os índios querem realizar a atividade garimpeira e são trabalhadores do garimpo, seja na lavra, seja no transporte, cozinha ou qualquer outra atividade relacionada ao garimpo.
Proibir qualquer atividade garimpeira, incluindo a realizada pelos índios, tende a agravar a situação de pobreza dos índios que vão ficar sem uma atividade econômica importante para saírem dessa situação grave de fome e necessidade.
É preciso mudar essa situação com políticas públicas
A situação de pobreza extrema dos índios brasileiros se dá em grande parte por uma falta de atividade econômica para os índios após o contato com a “civilização” moderna. Também é de conhecimento que poucos índios não estão em contato e em visitam constantemente as áreas urbanas ou não buscam um empregou, ou uma atividade econômica para sobreviver. Sendo até impossível viver nas condições em que viviam nos tempos do descobrimento do Brasil e na visão romântica apresentada pela esquerda pequeno-burguesa.
A situação de extrema pobreza deixa os índios vulneráveis a qualquer mudança de governo, de ataque de latifundiários ou dos interesses do imperialismo. Morrem das doenças mais básicas, altas taxas de suicídio, de mortalidade infantil, de fome e miséria, e até mesmo de vermes porque não tem condições de comprar um simples vermífugo. Nessa situação ficam completamente dependentes do Estado e de uma tutela que pode se extremamente negativa, como vimos no caso do governo Bolsonaro que cortou toda a assistência os índios.
Em primeiro lugar é preciso ficar claro que terra indígena não é para preservação ambiental. É uma área para que o índio tenha condições de viver e manter sua cultura, e se quiser realizar alguma atividade econômica de grande escala que seja feita. É preciso retirar todas as restrições para atividade econômica dentro das terras indígenas, que não permitem que nem os índios possam realizar atividades econômicas significativas, ficando preso em atividades de subsistência.
As terras indígenas estão cheias de riquezas e os índios têm o direito de explorá-las da maneira que for necessária para mudar sua situação de vida.
É preciso colocar infraestrutura básica de água, luz, internet, saúde e educação em todas as aldeias e financiamento para atividades econômicas, como agricultura (com tratores, insumos, mudas e sementes, assistência técnica, agroindústria), mineração realizada pelos índios, turismo, exploração florestal e muitas outras que podem surgir.
Dar uma alternativa de atividade produtiva e econômica para os índios vai tirá-los da pobreza, além de dar as condições de não ficarem vulneráveis as ações de caridade e tutela do Estado e as mudanças de governo.