No dia 22 de março de 2023, quarta-feira, o Brasil foi “surpreendido” com a notícia de que a Polícia Federal, por meio da Operação Sequaz, havia acabado com um plano do PCC (Primeiro Comando da Capital) de matar Sergio Moro.
Isto mesmo, “surpreendido”, afinal, qual brasileiro teria algo contra o querido ex-juizeco Sergio Moro, vulgo Mussolini de Maringá? Esta figura execrável que arruinou diretamente a vida de dezenas de pessoas e, indiretamente, a vida de milhões de brasileiros, ao agir a mando do Imperialismo, à frente da Operação Lava Jato?
Na esteira dessa notícia, o Presidente Lula, em visita às instalações do Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos), da Marinha, no Complexo Naval do Itaguaí (Rio de Janeiro), foi questionado por jornalistas a respeito do ocorrido.
Em resposta, afirmou que o tal plano do PCC se tratava, na verdade, de uma armação do Moro, e que tal armação era visível, mas que não iria fazer acusações sem provas.
O Presidente Lula está correto. Toda essa situação é uma baita de uma armação para promover novamente a figura de Sergio Moro. Listaremos abaixo quatro fatos que comprovam o caráter farsesco desse golpe publicitário.
FATO Nº 1 – O envolvimento de Gabriela Hardt (Sérgio Moro de saias)
O primeiro fato é o envolvimento da juíza Gabriela Hardt (também conhecida como Sergio Moro de Saias; ou juíza “Crtl+C, Ctrl+V”).
Logo após o presidente Lula afirmar que o plano de assassinato do PCC contra o atualmente senador Sergio Moro foi uma “armação”, a juíza Gabriela Hardt proferiu decisão levantando o sigilo processual das decisões e pedidos relacionados à investigação, tornando o conteúdo público. Isto aconteceu por volta das 15h.
Essa decisão irritou investigadores do alto escalão da Polícia Federal, os quais foram críticos da medida, por atrapalhar a investigação ainda em andamento, principalmente por se tratar de um combate a organização criminosa. Agentes também opinaram que a decisão da juíza seria uma tentativa de proteger Sergio Moro de alguma forma, após o presidente Lula ter declarado que o tal plano seria uma armação dele.
Relembrando quem é Gabriela Hardt, trata-se de uma juíza que atuou durante vários anos junto a Sergio Moro, na 13ª Vara Federal de Curitiba, inclusive em casos referentes à Operação Lava – Jato.
Dentre os casos em que ela proferiu sentença, está o caso do Sítio de Atibaia, em que condenou sem provas o presidente Lula, por corrupção e lavagem de dinheiro que jamais ocorreram.
Para aqueles que não se recordam, a “excelentíssima” ficou conhecida por ter copiado e colado porcamente a sentença proferida por Sergio Moro no caso do Triplex (sentença esta que já era porca).
Pois bem, Gabriella Hardt continua sendo juíza da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Contudo, durante esta semana ela estava temporariamente designada para cuidar dos processos da 9ª Vara Federal, substituindo outra juíza que está de férias. Por esta razão ela despachou o caso do PCC. Quão conveniente, não?
Pois bem, um dos processos que tramitam na 9ª Vara Federal diz respeito ao tal plano do PCC contra autoridades públicas.
A questão que fica é: como o nome de Sergio Moro foi aparecer nesse processo?
Aegundo relato de testemunha, cujo nome não foi divulgado, por estar no programa de proteção à testemunha. Quem diz isto é o promotor Lincoln Gakiya, Coordenador do principal grupo do Ministério Público de São Paulo de combate ao crime organizado e também um dos alvos listados pelo PCC (organização que atua principalmente em São Paulo). Vejamos sua declaração:
“No curso das investigações, se viu aí indícios de que o ex-ministro Moro fosse uma das autoridades que poderiam ser atacadas ou mesmo sequestradas. E nós, inclusive, reunimos mais elementos de prova, nós tivemos inclusive testemunha protegida, no programa de proteção a testemunha, que teria feito esta missão“.
Vejam que ele diz que reuniram mais elementos de provas. E quais seriam? Não se sabe.
Em resumo, pelo que sabemos, o nome de Sergio Moro foi incluído como suposto alvo apenas com o depoimento de uma testemunha que ninguém sabe quem é.
E quem foi que tornou pública essa informação? A amiga de Sergio Moro, Gabriela Hardt. O nome de Sergio Moro só foi incluído no processo como possível alvo por testemunha oculta, utilizando-se do instituto da delação premiada. E quem estava presidindo o processo? Gabriela Hardt, capanga de longa data de Sergio Moro.
FATO Nº 2 – advogados de acusados afirmam que Moro nunca foi um dos alvos
O segundo fato que expõe a armação publicitária de Sergio Moro é o relato de Juan Felipe Souza, advogado que defende Herick da Silva Soares e Franklin da Silva Correa, suspeitos detidos na Operação Sequaz, da Polícia Federal.
Conforme relatou o advogado, Sergio Moro jamais teria sido alvo do PCC nesse plano de atentado às autoridades públicas.
Em declaração ao jornal A Cidade On (SP), disse que nunca viu o nome de Sergio Moro mencionado nos relatórios da Polícia Federal. Ademais, relatou que o nome do senador só surgiu e originou a presente investigação por meio de uma delação premiada ilegal. Vejamos sua declaração:
“Dos relatórios que vi da Polícia Federal, apesar do ótimo trabalho de investigação, não vi em nenhum momento o nome Sérgio Moro, nome esse que só surgiu e originou a presente investigação através de uma delação premiada ilegal, pois ela não cumpriu com os ritos e moldes da modalidade necessária. Vamos trabalhar e apresentar uma defesa coesa e lastreada em provas”.
A farsa vai ficando cada vez mais nítida. Prossigamos.
FATO Nº 3 – Moro apresenta projeto de Lei para criminalizar o planejamento de ataques contra autoridades
Apenas um dia após a Polícia Federal ter desarticulado o suposto plano do PCC de matar de Sergio Moro, o ex-juiz e senador protocolou um projeto de lei para criminalizar o planejamento de atentados e ataques contra autoridades.
Aqui, o caráter de armação e farsa da situação fica mais claro ainda.
No dia seguinte ao desbaratamento do plano, Sergio Moro já tinha todo um projeto de lei pronto, para criminalizar o exato crime do qual ele seria vítima?
O mesmo Sergio Moro, que todos nós brasileiros conhecemos, prepotente, mas que mal sabe falar português, devemos acreditar que essa pessoa teria capacidade de elaborar e redigir um projeto de lei da noite para o dia, sendo que sequer teve a capacidade de fazer isto com as próprias sentenças? É claro que não.
Este projeto vinha sendo preparado há tempos, assim como essa armação, esse golpe publicitário, visando à reabilitação desta figura execrável.
FATO Nº 4 – o “plano” já era conhecido há tempos
Para finalizar, a cereja do bolo: o tal “plano” de assassinar Moro já era conhecido há tempos.
O promotor Lincoln Gakiya, citado anteriormente, afirma que o plano do PCC para assassinar as autoridades públicas já estava em andamento há mais de cinco meses, e que o caso foi repassado à Polícia Federal já no início de fevereiro. Vejamos o restante de sua declaração:
“No curso das investigações, se viu aí indícios de que o ex-ministro Moro fosse uma das autoridades que poderiam ser atacadas ou mesmo sequestradas […]. A gente, então, passou esse caso para a Polícia Federal. Isso foi no início de fevereiro agora de 2023. Mas nós atuamos, temos atuado com o Ministério Público, inclusive eu, pessoalmente, em conjunto com a Polícia Federal. Eu mesmo prometi ao ministro Moro e ao procurador-geral que, em três meses, nós iríamos esclarecer esse caso junto com a Polícia Federal, e a gente conseguiu em 45 dias resolver essa situação“
“Eu apenas ressalto, até para tirar qualquer caráter político da ação ou da operação em si, que o plano já estava em andamento há mais de cinco meses. A gente tem recibos lá de que esses criminosos, no caso do Moro e outros estados também, já haviam empenhado dinheiro, por exemplo alugando chácaras, alugando imóveis, veículos blindados. E aí não só Curitiba, no caso do Moro, mas em outras capitais do país também. Então, é uma questão que foi descoberta em janeiro, mas ela já havia esse andamento, esse planejamento desde agosto do ano passado“.
Ora, se o plano já era conhecido há tempos, é um timing muito oportuno revelá-lo logo na semana em que o Presidente falou que queria foder Sergio Moro e se vingar dele (o desejo de dezenas de milhões de brasileiros, diga-se de passagem).
Conclusões
O golpe publicitário visando reabilitar a imagem abjeta de Sergio Moro (e de prejudicar a imagem do presidente Lula perante uma classe média bem-pensante) é claro.
Mas os fatos apontados acima indicam que não se trata de mero golpe publicitário. Vai além. Como disse o Lula, é uma armação mesmo.
Sergio Moro não foi alvo de nada. Enquanto que outras autoridades públicas possam realmente ter sido alvos do PCC, seu nome foi incluído por meio de uma delação premiada feita de forma ilegal, o típico método lavajatista.
Ninguém sabe realmente quando seu nome apareceu nos autos como potencial alvo, pois, conforme relatado pelo advogado de dois dos suspeitos, seu nome não consta nos relatórios da Polícia Federal.
Miraculosamente, apesar de os alvos listados pelo PCC serem autoridades públicas de diversos estados do Brasil, o processo que deu origem à Operação Sequaz corre em Vara Federal de Curitiba, cidade onde Sergio Moro atuava como Juiz. Não bastando, na semana em que o plano foi revelado, o processo estava sob os cuidados e a presidência de sua comparsa lavajatista de longa data, a juíza Gabriela Hardt.
Enfim, o presidente Lula já disse, e o Diário Causa Operária reitera: é uma armação! E grotesca!