O mundo lembra neste 11 de setembro os 22 anos da ofensiva perpetrada pela Al-Qaeda contra o imperialismo norte-americano, que acabou servindo de pretexto para uma onda inédita de repressão, nos EUA e no resto do mundo. Ainda hoje, cinco homens encontram-se presos na temível base militar de Guantánamo, onde condições sabidamente infernais os mantém a espera de um julgamento, que até o fechamento desta edição, não aconteceu.
Nos EUA, a famigerada leia patriota (“Patriot Act”, em inglês) endureceu barbaramente o regime político. A lei suspendeu garantias constitucionais, inclusive o habeas corpus, abrindo caminho para um encarceramento em massa no país e criando um virtual estado de sítio, em vigor ainda hoje.
No cenário externo, a chamada “Guerra ao Terror”, desencadeada após os atentados, promoveu uma onda de golpes de Estado e invasões das nações africanas e asiáticas. Estima-se que mais de US$8 trilhões tenham sido gastos na campanha militar imperialista, levando a morte de mais de um milhão de pessoas até março de 2023.