Fouad Mohammad Abed, um jovem de 25 anos, teve sua vida brutalmente interrompida pelos disparos impiedosos das forças israelenses durante um ataque à cidade de Kafr Dan, nas proximidades de Jenin, na Cisjordânia ocupada, no dia 2 de janeiro deste ano. O Ministério da Saúde palestino confirmou que Abed foi alvejado no abdômen, somando-se à crescente lista de palestinos vitimados pela violência israelense.
As forças israelenses disseram estar na região para demolir a casa de dois palestinos que eles assassinaram no ano anterior, afirmaram que não tinham a intenção de executar mais ninguém naquele dia. Fouad Mohammad Abed foi identificado como membro da Al-Quds, braço armado da Jiade Islâmica. E em sua justificativa de praxe, o exército israelense alega que Abed foi abatido em resposta a supostos suspeitos que, durante a operação, supostamente atiraram e lançaram um dispositivo explosivo. Tal suposição nunca foi investigada, muito menos comprovada.
A tragédia se amplia com a morte de Mohammad Samer Hoshiyeh, 22 anos, no mesmo dia, 2 de janeiro, atingido fatalmente no peito pelas forças israelenses no mesmo ataque. Duas vidas ceifadas em um cenário de hostilidades que não faz distinção entre alvos, onde a brutalidade se torna indistinta.
Ataques militares, demolição de casas, expansão incessante de assentamentos e uma brutalidade que não discrimina entre civis e combatentes contribuem para uma atmosfera de terror que paira sobre os palestinos há muito tempo. São assassinatos brutais, perpetrados por um Estado que, sob o pretexto da segurança, impõe um jugo desumano sobre um povo já sufocado pela ocupação.
Nesse momento da história, não há espaço para equívocos: a Palestina está sob cerco, é preciso denunciar e agir contra a opressão que a sufoca. Em um ano que já é marcado desde o início pela dor e pelo luto, o compromisso com a causa palestina se mostra essencial.