O Canal de Suez é um canal artificial construído no território egípcio que conecta o mar Vermelho e Mediterrâneo, permitindo a comunicação marítima comercial entre a Europa e a Ásia. Com essa abertura artificial, contornar o continente africano tornou-se desnecessário.
Sua construção foi idealizada pelo capitalista francês Ferdinand de Lesseps e construído por autoridades egípcias e capitalistas franceses. A construção foi iniciada em 1859, levando cerca de dez anos para ser concluída. Com objetivo comercial, o Canal foi inaugurado em 17 de novembro de 1869.
Diversas viagens foram feitas entre Ásia e Europa por meio do Canal de Suez, o que permitiu a redução de aproximadamente 7.000 quilômetros, já que contornar o continente africano deixou de ser obrigatório. Inglaterra e França ocuparam o Canal por mais de 70 anos.
Houve reação dos egípcios à dominação imperialista. O Movimento dos Oficiais Livres teve um papel importante no protagonismo durante a Revolução de 1952, o que levou o político egípcio, Gamal Abdel Nasser, ao poder, no Egito. Como reação ao boicote à construção da Represa Alta de Assuã, em 1956, pela Inglaterra e França, Nasser estatizou o Canal de Suez, ficando sob o controle do Governo Egípcio que pertencia aos capitalistas ingleses e franceses.
No final de 1956, o imperialismo, mais precisamente França, Inglaterra e Israel, se voltou contra o Egito de forma violenta e hostil, bombardeando o Canal de Suez. Na sequência, o Egito foi ocupado militarmente pela Inglaterra e França, que já controlavam o Canal por mais de meio século.
Ao final do que ficou conhecido como a Crise de Suez, as tropas imperialistas desocuparam o Canal, fortalecendo Nasser e enfraquecendo o imperialismo europeu. A partir daí, iniciou-se um período de governo nacionalista egípcio que, somente no final da década de 1960, voltaria a sofrer com as intervenções israelenses e norte-americanas.