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Campo de concentração

1,5 milhão foram obrigados a deixar suas casas em Gaza

Quase metade vive hoje em instalações das Nações Unidas

Desde o dia 7 de outubro, mais de 1,5 milhões de pessoas tiveram de deixar suas casas na Faixa de Gaza, de acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA). O número corresponde a nada menos que 2/3 da população atual do território palestino.

A quantidade de pessoas que estão sem lar é apenas o complemento de um dos cenários mais tenebrosos já vistos na história da humanidade. Mais de 11 mil pessoas já foram mortas em Gaza desde 7 de outubro, quando o Estado nazista de Israel intensificou os ataques ao povo árabe. Dos 11 mil mártires, 70% são mulheres, crianças e idosos. Em média, uma criança é morta e duas são feridas a cada dez minutos.

Quase metade dos palestinos que foram “deslocados” está abrigada em 154 instalações da UNRWA em todas as cinco províncias de Gaza. Segundo informações da mesma agência, menos de mil caminhões ingressaram no território palestino pela travessia de Rafah – um número que é capaz de contemplar apenas uma parcela muito pequena de toda essa população cada vez mais miserável.

O impressionante número de pessoas que sobrevivem através de ajuda humanitária revela a destruição completa do território palestino. Diante dos bombardeios, ataques militares e perseguições por parte do exército israelense, a Faixa de Gaza foi praticamente liquidada no sentido econômico. É por isso que estudiosos da questão palestina, como o historiador Ilan Pappé, consideram Gaza como “o maior campo de concentração do mundo”. A maioria da população é incapaz de ter uma atividade econômica ativa ou mesmo de ter uma casa: os palestinos estão sendo, dia após dia, varridos das cidades de Gaza para o exílio e instalações sob controle da Organização das Nações Unidas.

Um dado que revela o motivo pelo qual a vida social em Gaza está sendo destruída é o caso do hospital Al Shifa, onde bebês prematuros estão sendo mortos pela falta de energia para suprir as suas incubadoras. A falta de energia, por sua vez, é resultado direto da falta de combustível em Gaza, consequência do cerco promovido por Israel na região.

Até o fechamento desta edição, três bebês já haviam sido mortos.

“Ontem tínhamos 39 bebês e hoje são 36”, disse o Dr. Mohamed Tabasha, chefe do departamento pediátrico de Al Shifa, em entrevista por telefone à Reuters.

Ao contrário do que dizem os defensores dos bombardeios sionistas sobre Gaza e a Cisjordânia, a operação de Israel não é uma “guerra contra os terroristas”. O combate a grupos guerrilheiros como o Hamas e a Jiade Islâmica tem servido apenas de pretexto para um verdadeiro massacra da população civil palestina.

Diante desse quadro, vários governos já romperam com o Estado de Israel e estão denunciando suas operações militares como um “genocídio”. Apenas na última semana, três grupos de direitos humanos palestinos pediram para que o Tribunal Penal Internacional (TPI) investigue Israel por “apartheid” e “genocídio” contra a população da Faixa de Gaza. O documento das organizações pede que o TPI investigue “o cerco sufocante imposto à Faixa de Gaza, o deslocamento forçado da sua população, o uso de gás tóxico e a negação de necessidades, como alimentos, água, combustível e eletricidade”, que são tidos como crimes contra a humanidade.

O presidente turco Recep Erdogan também solicitou investigações do Tribunal Penal Internacional contra o presidente israelense Benjamin Netanyahu. Nas manifestações que vêm ocorrendo semanalmente no Brasil em apoio ao povo palestino, um dos principais gritos de guerra tem sido: “Estado Israel, Estado assassino! E viva a luta do povo palestino!”.

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