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Dia de Hoje na História

15/12/1917: governo bolchevique é obrigado a assinar armistício

O acordo de Brest-Litovsk foi uma decisão amarga que precisou ser tomada para que o governo dos Bolcheviques pudesse se consolidar.

Em 15 de dezembro de 1917, o líder da Revolução Russa, Vladimir Lênin, tomou uma decisão difícil, porém necessária à consolidação da tomada do poder pelos revolucionários bolcheviques. Trata-se de um armistício negociado com as potências centrais, a saber, Império Alemão, Império Austro Húngaro, Reino da Bulgária e Império Otomano.

O cessar-fogo precederia um acordo de paz que foi realizado posteriormente em março de 1918 na cidade de Brest Litovsk e que marcou a retirada definitiva da Rússia da Primeira Guerra Mundial. O acordo feito por Lênin causou bastante polêmica e era inicialmente rejeitado até mesmo por Trótski devido às concessões que precisavam ser feitas pelos bolcheviques para as potências estrangeiras.

Segundo os termos do acordo, chamado pelo próprio Lênin de “paz humilhante”, a Rússia abriria mão do seu comando sobre a Finlândia, os países bálticos, a Polônia, a Bielorrússia, a Ucrânia e também dos distritos turcos de Ardahan e Kars e do distrito georgiano de Batumi, territórios que continham um terço da população da Rússia, 50% de sua indústria e 90% de suas minas de carvão e ainda uma indenização de cerca de 94 toneladas de ouro.

O acordo foi assinado não sem antes Leon Trótski haver realizado tudo o que fosse possível para tentar negociar uma paz sem anexações pelas Potências Centrais, buscando pressionar a França e o Reino Unido para a sua retirada da Guerra, inclusive com a retirada unilateral da Rússia da Guerra sem que acordo de paz algum houvesse sido assinado para isso. Segundo Trótski, que era então partidário da posição “nem guerra, nem paz”:

“Não queremos mais participar da guerra puramente imperialista (…) não mais concordamos em derramar sangue de nossos soldados […] Na expectativa do momento, que julgamos estar próximo, em que as classes trabalhadoras oprimidas de todos os países tomarão o poder, como fez o povo trabalhador na Rússia, retiramos da guerra nosso povo e nosso exército. Nosso soldado-trabalhador retorna, a partir dessa primavera, a seu labor no cultivo pacífico da terra que a revolução fez passar das mãos dos proprietários fundiários às dos camponeses. Nosso operário-soldado deve retornar à fábrica para ali produzir não engenhos de destruição, mas ferramentas construtivas para, juntamente com os trabalhadores do campo, erguer a nova economia socialista […] Desmobilizamos os nossos exércitos. Recusamo-nos a assinar a paz de anexações. Declaramos terminado o Estado de Guerra entre os Impérios Centrais e a Rússia.”

No entanto, a estratégia elaborada por Trótski acabou, como já desconfiava Lênin, não obtendo o resultado almejado, colocando a necessidade de um acordo com as potências centrais como irreversível. Trótski, enfim, concordou:

“Considero um dever declarar nesta sessão de tamanha autoridade que, naqueles momentos em que muitos de nós, eu inclusive, duvidavam que seria necessário ou admissível assinar a paz (…) apenas o camarada Lênin, com firmeza e uma visão de longo alcance, insistiu, mesmo com a oposição de muitos de nós, na necessidade de que nos submetêssemos àquela imposição como única forma de nos mantermos no poder enquanto não explodia a revolução mundial do proletariado. É justo reconhecer que não éramos nós que estávamos com a razão.”

A saída da Guerra era antes de tudo uma exigência do povo russo feita aos revolucionários de 1917, que haviam feito a Revolução sob o lema de “Paz, Terra e Pão” – o conflito já havia deixado um saldo de 4 milhões de mortos.

Posteriormente, com a vitória da Revolução Alemã em 1918 que derrubou o regime de Guilherme II, o Tratado de Brest Litovsk foi anulado pelos revolucionários.

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