O golpe de Estado de 2016, contra a presidenta Dilma Rousseff, causou um verdadeiro rastro de destruição no país. Na sequência, o governo ilegítimo, fruto do regime golpista, ampliou a situação catastrófica do povo brasileiro. Estamos falando de aumento de desemprego que chegou a mais de 14 milhões de pessoas no Brasil, e não para por aí, a situação de fome do povo e cidadãos morando nas ruas é uma realidade gritante, principalmente nas capitais do país.
O número de beneficiários do Bolsa Família agora é maior que o de trabalhadores com carteira assinada (excluindo o setor público) em 13 das 27 Unidades da Federação. Ano passado, superou em 12. Dado se refere a emprego formal com carteira de trabalho; todos os Estados do Nordeste e mais 4 do Norte apresentam esse cenário. O Rio Grande do Norte, que não entrava nessa conta até o ano passado, acaba de ser incluído.
Os números variam muito, mas em estados como Maranhão, Piauí e Amapá a quantidade de pessoas que necessitam do auxílio para sobreviver é mais que o dobro daqueles que estão trabalhando com carteira assinada. O Maranhão é o estado onde essa relação de dependência do benefício é mais forte. Há duas famílias maranhenses recebendo Bolsa Família para cada trabalhador com carteira assinada no estado.
Até o governo Bolsonaro, que sempre foi contra o benefício repassado para o povo brasileiro, mas nunca negou auxílio para banqueiros e grandes empresários, seus apoiadores, se viu obrigado a adotar um auxílio emergencial quando no ápice da pandemia no país, com a paralisação da economia, a sociedade poderia se rebelar.
Atualmente vemos que o valor sempre foi insuficiente, este Diário sempre defendeu um auxílio de pelo menos um salário-mínimo para todos que estivessem desempregados e com falta de condições para sobreviver, diante da inflação, carestia, desvalorização do real, ou outras consequências diretas da política feroz neoliberal implementada por Michel Temer – golpista mor – contra o povo brasileiro.
Por outro lado, a ministra do planejamento, Simone Tebet, tem defendido descaradamente, e contrariando as promessas de campanha do atual presidente Lula, que seria ‘aumentar e ampliar o benefício’ e cortar para aqueles que, segundo ela, estariam “burlando as regras para receber”; ou um corte para pode respeitar o teto de gastos. Teto de gastos que rouba dinheiro do povo para encher os bolsos de banqueiros à custa da miséria da população.
Além de colocar para fora uma pessoa que defende esse tipo de atrocidade contra a população, é preciso que o governo Lula faça um balanço real da situação do povo brasileiro e aumente não apenas o número de pessoas que se beneficiam do programa, como também aumente o valor a ser recebido por família. Como prometido em campanha, o dinheiro do Estado brasileiro deve ser gasto justamente com o povo, e não com sanguessugas capitalistas que muitas vezes nem moram no país.