A Segunda Revolução Chinesa se refere ao movimento armado de um conjunto de províncias do sul da China contra o governo de republicano recentemente instituído de Yuan Shikai, em 1913. O movimento teve como centro aglutinador do Partido Nacionalista Chines (Kuomintang) e seu líder Sun Yat Sen e constituía uma reação a transformação do regime político republicano recém-constituído (a república fora instituída em 1912) em uma verdadeira ditadura retrograda pelo presidente, o general Yuan Shikai. O movimento, no entanto, fora derrotado, acelerando a desagregação do regime republicano, que se corrompe para uma ditadura militar e, posteriormente a tentativa frustrada de recriar a monarquia, Yuan Shikai se declarou imperador em 1916, ano de sua morte.
A revolução de 1911 (Revolução de Xinhai) havia deposto a Dinastia Qing. Em 10 de outubro desse ano ocorreu a Revolta de Wuchang, um levante militar que se espalha pela China, o imperador é levado a abdicar definitivamente. A revolução em curso tem um caráter nacionalista, contra a posição colonial que a China adquirira, cujos responsáveis eram as potências imperialistas em aliança com a monarquia. O partido que catalisou o sentimento anti-imperialista fora justamente Kuomintang. Sun Yat Sen, líder do partido nacionalista assume brevemente em 1912 a presidência das províncias unidas da China, mas abdica em favor do general comandante das tropas do Norte, Yuan Shikai, a quem o imperador tinha entregado o poder. Yuan assume o cargo de primeiro presidente da nova República da China.
Yuan, contudo passa a reprimir o Kuomintang, líder do Kuomintang, Song Jiaoren, foi assassinado em março de 1913 e culpou-se o governo. O presidente ainda contrário empréstimos sem o consentimento do parlamento, esses empréstimos internacionais serviram para financiar o Exército Beiyang de Yuan.
Estabeleceu acordos internacionais desfavoráveis a China. Membros do Kuomintang no Parlamento pediram a destituição do presidente, o Partido Progressista, partido monarquista apoiado por Yuan acusou o Kuomintang de planejar uma insurreição, sob essa base, o governo agiu militarmente contra o os nacionalistas. Passou a remover ou substituir de cargo os governadores de províncias do partido nacionalista por outros fiéis ao governo. Em 9 de junho, o presidente Yuan removeu Li Liejun, do partido nacionalista, do cargo de governador de Jiangxi, ele foi substituído pelo vice-presidente Li Yuanhong.
Em 12/07/1913 Li Liejun retornou a Jiangxi e em hukou proclamou Jiangxi independente, esse ato deu início a uma série de províncias que realizaram o mesmo movimento contra o governo central, dando início a uma guerra civil. O Exército Beiyang de Yuan, com apoio do imperialismo, derrotou os insurgentes nacionalistas, abrindo caminho para a ditadura militar. Yuan Shikai suprimiu assembleias nacionais e provinciais. O parlamento fora substituído por um “Conselho de Estado”, com Duan Qirui, seu tenente de confiança em Beiyang, como primeiro-ministro. O partido nacionalista fora colocado na ilegalidade. Seu governo acelerou o processo de feudalização da China, que caracteriza o país no período de 1916 até a Revolução Chinesa de 1949.