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Lula x Imperialismo

100 disa de Lula, para desgoto do imperialismo

Nesta última semana, Lula realizou uma jornada de viagens diplomáticas à China e aos Emirados Árabes Unidos.

Nesta última semana Lula realizou uma jornada de viagens diplomáticas à China e aos Emirados Árabes Unidos. As recepções foram a altura do estadista visitante, com o desenvolvimento dos interesses políticos e econômicos dos países representados.

De que lado Lula joga

Desde que foi empossado, o governo Lula tem desagradado o imperialismo. Seja pela sua posição política contra a ofensiva contra a Rússia do imperialismo norte-americano na Ucrânia e os desdobramentos dessa colocação.

Ou pelo importante passo rumo a independência da denominada por Lula de “ditadura dólar”. Esta última tem consequências enormes no cenário econômico, na prática inviabilizando a imposição de sanções pelo imperialismo.

O maior brio dessa política é o fato do governo de um país de grande relevância econômica e política, que não está configurado no “eixo do mal”, se colocar abertamente contra a política imperialista.

A derrota para o Afeganistão, o desenvolvimento da guerra da Ucrânia já demonstravam nas últimas décadas a fragilidade do imperialismo. Entretanto, o enfrentamento do povo brasileiro à política imperialista e as posições do governo eleito por esse povo, podem ser a pedra de toque da ruína imperialista.

Essa situação foi colocada no pronunciamento do ex-presidente norte-americano Donald Trump. Embora a fala do republicano tenha muito interesse político contra seu adversário democrata, não deixa de ser uma realidade assustadora para o imperialismo.

Seria a hora da esquerda pequeno burguesa que atacou o Lula, colocando-o como um fantoche do imperialismo, se pronunciarem. Entre estes está Andrew Korybko, além de vários outros analistas políticos de escrivaninha.

A realidade exponha qual a posição de Lula perante o imperialismo. A questão é qual a posição daqueles que o atacam nesse ponto?

Queda da ditadura do dólar

Após a segunda, os países imperialistas acabaram cedendo o papel de âncora do sistema monetário internacional aos Estados Unidos da América (EUA). Que tinha terminado a segunda guerra com dois terços do estoque de ouro global à época, aproximadamente 20 mil toneladas.

De lá até pouco atrás essa situação apenas evoluiu, havendo uma evolução da demanda internacional. Entretanto, esse cenário teve uma grande mudança em 1971 com o colapso do sistema monetário internacional de Bretton Woods, que retirou o lastro em ouro do dólar. 

A partir de 15 de agosto de 1971 não era mais possível restituir dólares americanos em ouro. Deste ponto em diante a dominação econômica dos EUA é mantida basicamente pela força militar norte-americana.

Hoje no mercado internacional quase 90% das transações cambiais são realizadas em dólar. Mais de 85% das negociações dos mercados a vista, a termo e de swap são concretizadas em dólar.

Essa verdadeira ditadura levou o presidente Lula a fazer o seguinte questionamento na posse da ex-presidente Dilma em Xangai.

“Quem decidiu que era o dólar a moeda depois que desapareceu o ouro como paridade? Hoje um país precisa correr atrás de dólar para poder exportar, quando poderia exportar com sua própria moeda e os bancos centrais poderiam cuidar disso. Todo mundo depende de uma única moeda, e tem muita gente mal-acostumada”.

Face à fraqueza do imperialismo, esse sem dúvida é o melhor momento para uma política de independência do Brasil. Tornando essa política de grande interesse para o desenvolvimento da economia nacional.

Quem é o inimigo do trabalhador

O Golpe de Estado de 2016, ocasionou diversas perdas nas condições de vida dos trabalhadores. Principalmente o governo do golpista Temer teve uma enorme repercussão negativa na classe trabalhadora.

O período em que Temer esteve no poder consolidou um regime político, que se arrasta até o presente. Esse regime perde apenas para os governos de Fernando Henrique Cardoso no tocante a destruição da economia nacional e condições de vida da população.

Esse golpe que jogou milhões na miséria, enquanto criava dezenas de bilionários no Brasil, foi fruto do imperialismo. Esse imperialismo que destruiu diversos setores da economia nacional, enquanto tenta matar a população de fome, é o principal inimigo da classe trabalhadora.

O imperialismo, a burguesia nacional que se coloca como seus capachos tem que ser derrotados. Assim como todos os agentes políticos, lacaios dos EUA, sejam da direita como os Bolsonaros ou de esquerda como Boulos, devem ser severamente combatidos.

Trabalhadores, uni-vos

Parafrasear Marx aqui tem um motivo, embora os governos dos BRICs à exceção do brasileiro, não sejam de esquerda, podendo considerar alguns como conservadores. A realidade da luta de interesses coloca o imperialismo na parede.

Tendendo a uma aproximação das nações oprimidas, bem exposta nesta colocação do Putin: “Dado o progressivo fortalecimento da soberania e o potencial multifacetado dos Estados latino-americanos e caribenhos, a Rússia pretende desenvolver relações pragmáticas, não ideologizadas e mutuamente benéficas com eles”

Essa relação de interesses econômicos e de fortalecimentos políticos é uma realidade incontestável. Sendo natural a formação de “relações com outros Estados latino-americanos, levando em consideração o grau de independência”.

Mas diferente de outro momento, onde a oposição ao imperialismo foi sufocada pela burocracia stalisnista, as relações atuais em formação não estão sob poder específico de nenhuma burocracia, ao contrário tendem a expressar interesses reais da população.

A Rússia declarou abertamente que irá “apoiar os Estados latino-americanos interessados, sob pressão dos EUA e seus aliados, na salvaguarda de sua soberania e independência, inclusive estabelecendo e expandindo a cooperação militar, técnico-militar e em matéria de segurança”.

Esse posicionamento do Putin, assim como o do Lula, são mais uma reação à escalada da beligerância imperialista em crise. No Brasil tivemos o golpe de 218, com a prisão do Lula e destruição de partes de setores econômicos.

Na Rússia, a Guerra da Ucrânia foi apenas o ápice de uma política de rapina do imperialismo. Cujos interesses não conseguem conviver com um país independente das dimensões da Rússia.

A realidade é que embora esses governos sejam limitados, a necessidade impoẽ união contra o imperialismo. Essa mesma necessidade começa a unir e agitar os trabalhadores.

Como não poderia deixar de ser, a classe operária da França tomou a dianteira, dando forma política mais acabada a essa tendência mundial. As tendências de luta presentes em todo o mundo, a exemplo do Peru, na França, amadureceram seu caráter político, mesmo que lá, igualmente ao Peru, a classe operária ainda não tenha uma direção, um instrumento político revolucionário plenamente desenvolvido.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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