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Palestina

100% com Hamas, contra Israel

Após muitos anos de martírio, é muito mais que justificável a revolta do povo palestino

“Nesse sábado (7), testemunhamos um dos eventos mais importantes não apenas deste ano, desta década, mas possivelmente deste século. O Hamas, um grupo político de resistência comprometido com a defesa do povo palestino, reagiu de maneira enérgica às contínuas agressões do imperialismo na região, com especial destaque para o Estado de Israel, lançando um ataque tanto aéreo quanto terrestre.

Este não é apenas um conflito, mas uma resposta ao genocídio em curso. Portanto, não podemos classificá-lo meramente como uma guerra. Não aceitamos a tentativa de rotular isso como terrorismo. É essencial destacar a posição política que reconhece a situação de opressão imposta ao povo palestino pelo imperialismo. 

Enquanto observamos essa situação, é importante lembrarmos das derrotas dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão. A saída catastrófica das tropas norte-americanas do Afeganistão e a subsequente operação militar russa na Ucrânia representam problemas de grande envergadura para a dominação do imperialismo, em especial ao norte-americano.

Estamos testemunhando uma evolução impressionante. Israel, que por muito tempo parecia invencível, agora se vê enfrentando uma situação verdadeiramente revolucionária. O fato de o Talibã manifestar apoio aos palestinos, ao passo que outros atores rejeitam a presença das tropas israelenses na Faixa de Gaza, evidencia o nível de radicalização revolucionária na situação política internacional.

Israel, há muito considerado invulnerável, está agora sob escrutínio internacional. Este ato de resistência meticulosamente coordenado pelo povo palestino merece o apoio inequívoco das organizações de esquerda em todo o mundo. 

Há quase oito décadas, o Estado sionista de Israel tem implementado diariamente uma política de terror, perseguição, assassinato de líderes, destruição, tortura, detenção e opressão contra o povo palestino, tudo sob a influência do imperialismo norte-americano.

Contrariamente à percepção comum, Israel não é uma nação como as outras, mas sim uma base política e militar do imperialismo situada em uma das regiões mais estratégicas do mundo. É por esse motivo que Israel está disposto a fazer o que for necessário para manter seu domínio na região, exercendo uma repressão diária e brutal contra o povo palestino que enfrentam uma realidade que evoca os sombrios guetos da Alemanha Nazista. As ações do Hamas e de outras organizações palestinas surgem da necessidade de defesa do povo palestino e de seu legítimo direito a um Estado soberano.

Apesar da enorme desproporção de forças entre o imperialismo e o povo palestino, o evento recente demonstra que, mesmo nessas condições desiguais, o povo palestino resiste e luta.

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