Em 8 de dezembro de 1980, a música perdia uma de suas maiores lendas: o inglês John Lennon. No entanto, a morte do ex-Beatle foi mais do que um assassinato; foi um evento envolto em mistérios e teses que sugerem inclusive uma participação da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês).
Cuidadosamente observado pela ditadura norte-americana, já 1972, o governo Nixon iniciou um processo de deportação contra Lennon, considerando suas posições políticas uma ameaça ao regime imperialista. Vigilância intensiva, incluindo grampos telefônicos e a ordem de deixar os EUA em 1973 foram parte de uma perseguição política documentada em mais de 280 páginas pelo FBI, a polícia política federal dos EUA.
O envolvimento de Lennon com movimentos antiguerra e sua simpatia ao trotskismo inglês intensificaram a pressão sobre ele. Rumores sugerem que o governo dos EUA, temendo a influência política de Lennon, utilizou Mark David Chapman como peão em um ato que mudaria a história da música.
Chapman, oficialmente um admirador desequilibrado, assassinou Lennon na porta do edifício Dakota, em Nova York, disparando quatro tiros nas costas do músico. A versão oficial insiste na ideia de um ato isolado, embora sejam numerosas as vozes discordantes.
Nascido em 9 de outubro de 1940, em Liverpool, Inglaterra, Lennon foi um dos principais cantores e compositores dos Beatles, cujo impacto na música é inegável. Seu ativismo político, marcado por músicas como “Revolution” e “Imagine”, tornou-o alvo do FBI durante toda a década de 1970.
As suspeitas de que a CIA esteve envolvida na morte de Lennon persistem até hoje. A conjuntura política da época, a intensa vigilância do governo e a pressão exercida pela direita tornam crível a hipótese de que a sinistra agência golpista tenha participado de seu assassinato. O legado de John Lennon transcende o mito musical; ele tornou-se um símbolo do ativismo político que desafiou as estruturas estabelecidas, custando-lhe a vida. A música e o mundo perderam um ícone, mas a sombra de dúvidas que paira sobre sua morte continua a intrigar e inspirar questionamentos.