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Cultura

213 anos de Chopin, o maior virtuoso da era romântica

A genialidade de Chopin, embora inata, foi também produto da época de progresso do capitalismo

Neste dia 1º de março de 2023 completam-se 213 anos do nascimento de Frédéric Chopin, pianista polonês radicado na França, cujas obras ganharam vida durante a era romântica da história da música.

Nascido no ano de 1810, em Żelazowa Wola, uma pequena aldeia na Polônia, Chopin veio a se consagrar um dos pianistas e compositores mais importantes da história da musica mundial, alçando seu nome ao lado de gênios como Beethoven e Mozart.

Tendo o piano como instrumento onipresente em sua obra, suas composições são consideradas como repertório essencial para esse instrumento. Apesar do alto nível técnico exigido por sua música, seu estilo, em geral, enfatiza mais a expressividade intimista do compositor, o sentimento, ao virtuosismo.

Inúmeras foram as inovações musicais proporcionadas por Chopin. Criou novas formas como a balada, e introduziu significantes inovações nas formas significantes inovações nas formas existentes, como a piano sonata, a valsa, o noturno, o estudo, o improviso e o prelúdio.

Como expressão de sua genialidade, criou duas polonesas (peça musical de dança, em ¾) já aos 7 anos de idade, vindo a ser tornar atração nos salões da aristocracia da capital da Polônia, Varsóvia, onde residia à época.

Viveu em Varsóvia até o ano de 1829, onde continuava a desenvolver seu ofício como compositor e pianista, estudando teoria musical, baixo cifrado e composição musical com músicos renomados tais como Wilhelm Würfel e Józef Elsner, ambos membros do Conservatório de Varsóvia.

Apesar de ainda morar em Varsóvia até 1829, Chopin chegou a viajar a Berlim em 1828, onde assistiu às óperas dirigidas por Gaspare Spontini e a concertos de Carl Friedrich Zelter, Felix Mendelssohn.

Em uma viagem de retorno a Berlim, em 1829, foi um convidado do governador do Grão-Ducado de Posen, o Príncipe Antoni Radziwiłł, que também era um talentoso compositor e um aspirante a violoncelista. Para o príncipe e sua filha pianista, Wanda, Chopin compôs sua Introdução e Polonesa Brilhante em dó maior para violoncelo e piano, Op. 3.

Naquele ano, em Varsóvia, Chopin ouviu Niccolò Paganini tocar e conheceu também o compositor e pianista alemão Johann Nepomuk Hummel.

Em 2 de novembro de 1830, Chopin deixou Varsóvia para dar concertos na Europa Ocidental e nunca retornou à Polônia.

Esteve em Viena, Munique, Estugarda, e eventualmente chegou a Paris.

Foi na França que foram compostas inúmeras de suas mais importantes obras, tais como “Cinco Mazurcas, Opus 7”, o “Trio para Piano, Violino e Violoncelo” e os “Três Noturnos, Opus 9”, “Bolero, Opus 9”, o “Scherzi em Si Menor, Opus 20” e as “Quatro Mazurcas, Opus 24”.

O surgimento de figuras geniais da história da música, tais como Frédéric Chopin, Ludwig van Beethoven, Wolfgang Amadeus Mozart, Niccolò Paganini, dentre outros, em tão curto espaço de tempo (menos de um século) não é mera coincidência ou acaso cósmico. É uma manifestação da época de ascensão revolucionária da burguesia, trazendo consigo o capitalismo como modo de produção progressista (à época), e varrendo do mapa os destroços de uma sociedade podre e decadente, a sociedade feudal, que já fazia hora extra nesse mundo e vinha há tempos impedindo a roda da história de continuar girando em direção ao futuro, inclusive no que diz respeito às manifestações culturais e artísticas da humanidade.

Com o ascenso revolucionário da burguesia, a progressiva derrota da antiga ordem social, e o progresso trazido pelo capitalismo, foi possível que florescesse no mundo a genialidade que estava inata em pessoas como Chopin, que essa genialidade viesse à luz do dia e ficasse guardada para a posteridade em suas magníficas obras que nos foram legadas.

Seguem abaixo, dez obras o farão se encantar por Chopin:

Concerto para Piano e Orquestra Nº 1, em Mi Menor, Op. 11 (1830).

Balada Nº 1, em Sol Menor, Op. 23 (1835)

Scherzo Nº 2, em Si Bemol Menor, Op. 31 (1837)

 Sonata para Violoncelo e Piano, em Sol Menor, Op 65 (1847)

 Barcarola, em Fá Sustenido, Op. 60 (1846)

 Fantasia em Fá Menor, Op. 49 (1841)

 Noturno Nº 13, em Dó Menor, Op. 48-1 (1841)

 Fantaisie-Impromptu em Dó Sustenido Menor, Op. Póstumo 66 (1834)

24 Prelúdios, Op. 28 (1839)

Sonata para Piano Nº 2, em Si Bemol Menor, Op. 35 (1839)

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