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Golpe da Terceira Via?

Voto dos jovens pode ser pretexto para fraude eleitoral

Incentivo da burguesia pela inserção de um novo eleitorado é a busca por uma margem de manobra nas eleições

Com a proximidade das eleições presidenciais no Brasil, um pleito de extrema importância para a burguesia manter o Golpe de Estado implantado em 2016, ficam mais visíveis a crise dentro dela para saber quem vai manipular as eleições.

Estamos diante de duas forças da burguesia disputando a coordenação nessa nova etapa golpista contra o Brasil. De um lado, o setor do agronegócio e o alto comando das Forças Armadas. De outro, setores do mercado financeiro mais claramente aliados ao imperialismo que desejam derrotar Lula e o próprio Bolsonaro, sua cria, que vive querendo colocar o carro na frente dos bois quando se trata de tramar golpes contra o Brasil. Este último setor planeja alavancar a terceira via, igualmente golpista e reacionária como Bolsonaro, mas com máscara de “civilizada”, porém tão nefasta quanto o atual presidente, que conquistou com seu discurso populista e hipócrita parte do eleitorado dessa chamada terceira via.

A nova ferramenta da burguesia para manipular as eleições, uma ação que ela sempre fez das mais variadas formas para que não ficasse clara a sabotagem das eleições, é a inclusão agora de mais de 2 milhões de jovens nas eleições.

No pleito passado de 2018, ela articulou o golpe contra Lula – o principal candidato da esquerda e anti-imperialista -, infringindo leis e a Constituição Federal, cujo resultado foi a eleição do fascista Jair Bolsonaro, que se ver impossibilitado hoje de praticar todo seu reacionarismo e fascismo de forma autônoma, sem a interferência dos outros órgãos golpistas que o ajudaram a se eleger. Essa crise do regime só aumenta, mas todos esses setores fazem parte da burguesia e, no final do processo político, estarão juntos contra Lula e o povo brasileiro.

Se em 2018 o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) excluiu milhares de eleitores com a exigência do cadastro biométrico, o que colaborava com a eleição de Bolsonaro, agora o Tribunal incluirá jovens, que têm todo direito de votar, mas poderão ser manipulados.

Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, denunciou na sua Análise Política da Semana, na COTV, o que pode ser mais uma jogada da burguesia diante dessa crise política sobre a falsa lisura do processo eleitoral.

“O STF fez aí uma campanha intensa para que os jovens de 16,17 anos tirassem o título de eleitor para votar. Apareceu até o Leonardo Di Caprio fazendo a campanha. Aí eu fico pensando: Leonardo Di Caprio está fazendo a campanha porque ele gosta do Lula? Acho que não. O Leonardo Di Caprio não vem aqui para dar pitaco na eleição brasileira de graça. Quem contratou Leonardo Di Caprio para fazer essa campanha? Só pode ser gente endinheirado dos EUA.   Provavelmente até o governo norte-americano. O pessoal do PT não percebe essa movimentação? Segundo declaração do próprio TSE mais de 2 milhões de novos eleitores foram incluídos na eleição. Jovens de 16, 17 anos. Tudo bem. Nós por exemplo somos favoráveis a dar aos jovens de 16, 17 anos o direito de votar, lógico. Mas nós também sabemos que o pessoal entrando na eleição, ainda mais na eleição brasileira, onde nada é esclarecido, nada pode ser esclarecido, é a parcela mais manipulável de todo eleitorado, de longe. O pessoal nunca votou, não participa do debate político em grande medida, então nós temos aí um eleitorado altamente manipulável que já faz uma diferença grande no conjunto do eleitorado, 2 milhões de pessoas. Se a gente lembrar o que aconteceu na eleição passada, onde três milhões de pessoas, três milhões de eleitores não puderam votar, e se a gente acompanhar a movimentação do TSE, que não é uma coisa muito fácil de acompanhar, porque é tudo feito discretamente, digamos assim,  pelas costas da população, com a introdução do sistema de fiscalização biológico e tudo mais e mais uma série de coisas que o TSE está fazendo é fácil de achar que esses três milhões podem ser ampliados para 5 milhões na eleição, aí nós já temos uma diferença na eleição de 7 milhões de votos, que não é pouca coisa. É difícil de saber exatamente como é que eles vão fazer todo esse negócio aí que não está muito claro. Mas uma coisa é certa: que tem gente trabalhando intensamente para manipular a eleição, isso aí não pode haver dúvida nenhuma”.

Enfim, é preciso continuar denunciando e esclarecendo a população que o processo eleitoral no Brasil sempre foi fraudado de uma forma explícita ou mais sofisticada como é atualmente.

As urnas eletrônicas podem sim ser manipuladas, pois sua auditoria não é feita pela população, apenas uma minoria de pessoas ligadas ao TSE. Quanto mais auditoria popular das urnas, melhor, do contrário ela será muito mais questionada e, ao protegê-la como indevassável, abrirão caminho para fascistas como Bolsonaro questionar as eleições apenas porque deve estar com medo de perdê-las, sem se atentar que o mesmo pode ser ajudado novamente se for da vontade e permissão da burguesia, que comanda o STF e STE, os quais no momento querem favorecer uma terceira via, em favor da qual eles podem computar o voto dos jovens.

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