Nosso partido deu um importante passo no terreno da agitação e da propaganda na última semana. Publicamos a mais recente edição do jornal Causa Operária (nº 1.228) com importantes alterações no seu formato, conteúdo e preço.
Custando apenas R$1,00, o novo jornal Causa Operária se destina a uma vendagem mais ampla do que vinha tendo. Almejando chegar a 10.000 exemplares vendidos, o novo Causa Operária, com quatro páginas e tiragem maior, visa penetrar em amplas massas acompanhando o desenvolvimento do partido em seu último período. É a primeira edição de muitas após o 10º Congresso Nacional do PCO, realizado no início de agosto com essa meta: fazer de Causa Operária um jornal de massas.
Mas, o que é um “jornal de massas”? Leon Trótski, que ao lado de Lênin dirigiu a grande revolução russa de 1917 respondia assim à pergunta quase 20 anos mais tarde, quando dirigia a oposição revolucionária ao stalinismo em diversos países e buscava reagrupar a vanguarda da classe operária:
A pergunta não é nova. Pode-se dizer que toda a história do movimento revolucionário tem sido perpassada por discussões sobre o “jornal de massas”. É o dever elementar da organização revolucionária tornar o seu jornal político o mais acessível possível para as massas. Essa tarefa não pode ser efetivamente resolvida exceto em função do crescimento da organização e de seus quadros, que devem pavimentar o caminho para as massas pelo jornal – já que não basta, é claro, chamar uma publicação de “jornal de massas” para que as massas realmente o aceitem.
Eis que atingimos um objetivo importante no último período: nosso partido cresceu significativamente e, com sua força numérica aumentada, tem condições de impulsionar um crescimento correspondente na sua agitação política nas ruas. O jornal Causa Operária, em novo formato, tiragem e preço, será o instrumento dessa mudança.
O conteúdo do jornal permanece, essencialmente, o mesmo. Mudou a forma. O jornal está repleto de curtos artigos, mais diretos e incisivos na defesa da mesma política que vinha ocupando as páginas das edições anteriores: a luta pela revolução, o governo operário e o comunismo, bem como pelas reivindicações centrais da classe operária e dos explorados expressas na palavra de ordem de Salário, Trabalho e Terra. Esperamos, assim, fazer das poucas páginas das novas edições um instrumento mais incisivo de agitação política, mantendo a diversidade de assuntos de que Causa Operária vinha tratando até agora.
Para complementá-lo, passaremos, a partir desta semana, a editar a Causa Operária revista, uma publicação de 32 páginas, dedicadas a artigos de fundo, explicando e maior profundidade e detalhe a mesma política, analisando, investigando e debatendo os principais temas da situação nacional e internacional, de cultura, história e marxismo semanalmente. Como disse Trótski em 1935:
Um jornal de massas se distingue de uma publicação teórica ou de uma revista de quadros não pelas palavras de ordem, mas pela maneira como são apresentadas. A revista de quadros elabora para seus leitores todas as etapas da análise marxista. O jornal de massas apresenta apenas seus resultados, baseando-se ao mesmo tempo na experiência imediata das próprias massas. É muito mais difícil escrever de forma marxista para as massas do que escrever para os quadros.
Com o objetivo de fazer do jornal Causa Operária um verdadeiro jornal de massas, com amplo alcance e penetração na classe operária e na população trabalhadora em geral e de editar uma revista “de quadros”, isto é, voltada à propaganda de maior profundidade, estamos lutando por uma grande mudança que só poderá se sustentar com o apoio dos leitores, militantes e simpatizantes do partido.
É por isso que lançamos a campanha de assinaturas do jornal Causa Operária, de modo que os assinantes – que passarão a receber a revista impressa e ter acesso ao portal com conteúdo exclusivo para assinantes. Nesse sentido, chamo os leitores a contribuirem com a sustentação do jornal de massas e da revista do Partido da Causa Operária fazendo sua assinatura (anual, semestral ou mensal) e com ela impulsionar uma imprensa operária e revolucionária – a única, diga-se de passagem, em todo o País.