Nesta segunda-feira (08), Eduardo Vasco, militante do Partido da Causa Operária e membro da comissão de redação deste Diário, realizou uma entrevista na Causa Operária TV (COTV) com Dmytro Khavro.
Atualmente, Dmytro reside em Portugal, entretanto, nasceu na Ucrânia e possui familiares ao redor de todo o país até os dias de hoje. Em decorrência do golpe de estado, Dmytro não pôde voltar à seu país desde 2014, uma vez que discorda do atual governo que, de maneira brutal, impõe uma enorme censura sobre o povo.
À COTV, dentre outros temas, Dmytro contou um pouco sobre como é, de fato, a integração das milícias neonazistas ucranianas no governo:
“Você não vai ver suásticas no governo, nem emblemas do batalhão SS no parlamento ucraniano. No entanto, para além de financiarem, eles [os governantes] abertamente dão medalhas [aos grupos nazistas]. O presidente Poroshenko, pessoalmente, deu uma medalha de honra a um soldado ucraniano. Se você for às redes sociais deste soldado você vai ver fotografias de Adolf Hitler, suásticas […]”
Em seguida, Dmytro deu mais alguns detalhes acerca do processo golpista ucraniano de 2014, principalmente acerca do envolvimento de grupos neonazistas nas mobilizações da época:
“O Pravy Sektor foi a força principal que fez o golpe de estado de 2014. Essencialmente, era constituído por jovens e, depois do golpe de estado, houveram pessoas que faziam parte do Pravy Sektor que chegaram ao poder”, colocou o ucraniano.
Atualmente, as forças nazistas já não compõem diretamente o governo institucional ucraniano. Todavia, Dmytro afirmou que existem sim figuras parlamentar ligadas ao nazismo:
“Há pessoas, deputados ucranianos, que apoiam e tiram fotografias com bandeiras do Pravy Sektor e outros batalhões ucranianos, como o caso do Azov, mostrando todo o apoio que eles dão para essas organizações”, completou Dmytro.
Confira, abaixo, a entrevista na íntegra: