Desde o golpe de 2014, na Ucrânia, forças paramilitares nazistas tomaram conta do Donbass e instituíram um verdadeiro regime de terror contra o povo da região. Até então relativamente velado, principalmente pelo apoio que tais operações fascistas recebiam da imprensa imperialista, os atos grotescos das forças ucranianas vem sendo trazidos à tona com a operação especial russa no país.
A ação russa, inclusive, conseguiu libertar a região de Lugansk após meses de luta contra as forças nazistas. Entretanto, resta a região de Donetsk que, ainda mais nas últimas semanas, está sendo alvo de ataques militares duríssimos por parte do exército ucraniano.
Chuva de bombas
Uma das principais estratégias aplicadas por Kiev contra Donetsk tem sido a realização de bombardeios contra as cidades da região. Ataques que atingem, quase exclusivamente, civis, demonstrando uma clara política de terra arrasada.
No dia 10 de agosto, por exemplo, a Ucrânia bombardeou um depósito de amônia em Donetsk. O gás, que é tóxico, obrigou a população a ficar em casa para não ser exposta a grandes quantidades.
🆘🇺🇦A Ucrânia bombardeou hoje um depósito de amônia em Donetsk. Os moradores da zona sul da cidade foram aconselhados a não saírem de casa para não inalar a amônia, que também pode causar sérios danos aos olhos e mesmo ao coração pic.twitter.com/zwZGVPUqe7
— Eduardo Vasco (@cheguevasco) August 10, 2022
Já no dia 09 de agosto, ao menos 4 civis foram mortos e outros 17 feridos. 45 edifícios residenciais e outras 3 instalações de infraestrutura civil foram danificados. No dia 07, a Ucrânia voltou a realizar fortes bombardeios contra o bairro de Kievsky. Ao menos 3 civis morreram e outros 11 ficaram feridos.
No dia 06 do mesmo mês, Kiev bombardeou um hospital na cidade de Donetsk, deixando ao menos 10 pessoas feridas.
🆘🇺🇦 Ao menos 10 pessoas ficaram feridas (dentre eles mulheres e crianças, gravemente) devido a um ataque da artilharia UCRANIANA com foguetes Grad em um hospital da cidade de Donetsk. pic.twitter.com/CvYwlHPgKB
— Eduardo Vasco (@cheguevasco) August 7, 2022
Além disso, no dia 05, a Ucrânia bombardeou uma estação de trem em Donetsk.
🆘🇺🇦 As forças ucranianas bombardearam a estação de trens de Donetsk pic.twitter.com/Ug4zwlj9KN
— Eduardo Vasco (@cheguevasco) August 5, 2022
Autoridades falam em 3 mortes (entre elas a de um menor) e 5 feridos:
No mesmo dia, uma maternidade foi bombardeada, deixando 3 civis em estado grave:
🆘🇺🇦 Na manhã de hoje, a Ucrânia bombardeou uma maternidade em Donetsk. Três civis estão em estado grave, sendo um deles paciente que estava internado e os outros dois que estavam em um veículo do lado de fora do edifício. pic.twitter.com/2hLACkTUSP
— Eduardo Vasco (@cheguevasco) August 5, 2022
A cidade de Makeevka também foi bombardeada.
No dia 04 de agosto, bombardeios ucranianos atingiram o hotel Donbass Palace, onde ficam a maioria dos jornalistas internacionais cobrindo o conflito. 7 pessoas morreram, incluindo mulheres e crianças.
🆘🇺🇦Imagem da fumaça logo após bombardeio ucraniano ter atingido o hotel Donbass Palace, no centro de Donetsk, onde ficam a maioria dos jornalistas estrangeiros. Sete pessoas morreram até agora vítimas dos bombardeios de hoje na cidade, incluindo mulheres e crianças. pic.twitter.com/cwoZ3oVYri
— Eduardo Vasco (@cheguevasco) August 4, 2022
A cidade de Dzerzhinsky também foi bombardeada no mesmo dia. Oito crianças teriam sido vitimadas, algumas mortas e outras feridas:
Ainda em agosto, no dia 02, 1 civil morreu e outros 10 ficaram feridos no bairro residencial de Kievsky segundo a SputnikBR.
Minas na cidade
Ao sair da cidade de Donetsk, militares ucranianos também deixaram minas conhecidas como “pétalas” espalhadas por toda a cidade. Os projéteis já ocasionaram dezenas de feridos, bem como uma morte.
🆘🇺🇦 Imagina uma mina dessas explodindo embaixo do seu pé. Essas minas PFM-1, conhecidas também como "pétalas", foram despejadas pelos ucranianos sobre Donetsk esta semana. Muitas continuam espalhadas pelas ruas. 20 pessoas ficaram feridas, incluindo 1 criança. Uma delas morreu. pic.twitter.com/50Ge78Zfau
— Eduardo Vasco (@cheguevasco) August 7, 2022
Os alvos não são militares
Os casos expostos se deram em pouco menos de uma semana, e já demonstram que a política do exército ucraniano consiste em atacar a população civil, e não os militares russos. Cai por terra, portanto, qualquer ilusão acerca do caráter da ocupação ucraniana no Donbass. Trata-se, antes de qualquer coisa, de uma enorme operação para oprimir o povo da região por meio de forças abertamente nazistas.
A operação especial russa, portanto, adquire um caráter cada vez mais progressista à medida em que o terror ucraniano é exposto no Donbass. Finalmente, é uma operação militar de libertação dos povos oprimidos que, a quase uma década, sofrem de maneira brutal nas mãos dos fascistas de Kiev.