Desde o golpe de 2014, na Ucrânia, forças paramilitares nazistas tomaram conta do Donbass e instituíram um verdadeiro regime de terror contra o povo da região. Até então relativamente velado, principalmente pelo apoio que tais operações fascistas recebiam da imprensa imperialista, os atos grotescos das forças ucranianas vem sendo trazidos à tona com a operação especial russa no país.
A ação russa, inclusive, conseguiu libertar a região de Lugansk após meses de luta contra as forças nazistas. Entretanto, resta a região de Donetsk que, ainda mais nas últimas semanas, está sendo alvo de ataques militares duríssimos por parte do exército ucraniano.
Chuva de bombas
Uma das principais estratégias aplicadas por Kiev contra Donetsk tem sido a realização de bombardeios contra as cidades da região. Ataques que atingem, quase exclusivamente, civis, demonstrando uma clara política de terra arrasada.
No dia 10 de agosto, por exemplo, a Ucrânia bombardeou um depósito de amônia em Donetsk. O gás, que é tóxico, obrigou a população a ficar em casa para não ser exposta a grandes quantidades.
Já no dia 09 de agosto, ao menos 4 civis foram mortos e outros 17 feridos. 45 edifícios residenciais e outras 3 instalações de infraestrutura civil foram danificados. No dia 07, a Ucrânia voltou a realizar fortes bombardeios contra o bairro de Kievsky. Ao menos 3 civis morreram e outros 11 ficaram feridos.
No dia 06 do mesmo mês, Kiev bombardeou um hospital na cidade de Donetsk, deixando ao menos 10 pessoas feridas.
Além disso, no dia 05, a Ucrânia bombardeou uma estação de trem em Donetsk.
Autoridades falam em 3 mortes (entre elas a de um menor) e 5 feridos:
No mesmo dia, uma maternidade foi bombardeada, deixando 3 civis em estado grave:
A cidade de Makeevka também foi bombardeada.
No dia 04 de agosto, bombardeios ucranianos atingiram o hotel Donbass Palace, onde ficam a maioria dos jornalistas internacionais cobrindo o conflito. 7 pessoas morreram, incluindo mulheres e crianças.
A cidade de Dzerzhinsky também foi bombardeada no mesmo dia. Oito crianças teriam sido vitimadas, algumas mortas e outras feridas:
Ainda em agosto, no dia 02, 1 civil morreu e outros 10 ficaram feridos no bairro residencial de Kievsky segundo a SputnikBR.
Minas na cidade
Ao sair da cidade de Donetsk, militares ucranianos também deixaram minas conhecidas como “pétalas” espalhadas por toda a cidade. Os projéteis já ocasionaram dezenas de feridos, bem como uma morte.
Os alvos não são militares
Os casos expostos se deram em pouco menos de uma semana, e já demonstram que a política do exército ucraniano consiste em atacar a população civil, e não os militares russos. Cai por terra, portanto, qualquer ilusão acerca do caráter da ocupação ucraniana no Donbass. Trata-se, antes de qualquer coisa, de uma enorme operação para oprimir o povo da região por meio de forças abertamente nazistas.
A operação especial russa, portanto, adquire um caráter cada vez mais progressista à medida em que o terror ucraniano é exposto no Donbass. Finalmente, é uma operação militar de libertação dos povos oprimidos que, a quase uma década, sofrem de maneira brutal nas mãos dos fascistas de Kiev.