Desde que Elon Musk assumiu o cargo de presidente do Twitter, uma das maiores redes sociais do mundo, uma série de escândalos vêm sendo revelados à medida que o bilionário libera documentos internos da organização. Conhecido como Twitter Files (Arquivos do Twitter), a operação ganhou o seu sétimo capítulo nessa terça-feira (19) e, dessa vez, revela a participação do FBI no infâme caso do computador de Hunter Biden, filho de Joe Biden.
De maneira resumida, segundo as revelações do Twitter Files, houve um esforço organizado por parte de representantes da Comunidade de Inteligência dos EUA direcionado para funcionários de alto escalão de empresas de notícias e de redes sociais para desacreditar informações vazadas acerca de Hunter Biden.
Para tal, o FBI enviou 10 documentos para Yoel Roth, Chefe de Integridade do Twitter na época, um dia antes da publicação por parte do New York Post do artigo que revelaria todo o esquema envolvendo os e-mails que Hunter Biden trocou com empresários Ucranianos relativo às eleições de 2020. Os arquivos continham, aparentemente, instruções do que deveria ser feito para difamar o escândalo. Entretanto, isso não fica claro, uma vez que o FBI utilizou um sistema de comunicação externo.
De qualquer forma, fato é que, horas depois da publicação da reportagem pelo NY Post, tanto o Twitter quanto outras redes sociais censuraram o artigo em questão, impedindo que fosse disseminado e desmoralizando a denúncia feita.
Para justificar a sua operação de censura, o FBI, segundo testemunho não só de Yoel Roth, como também de Mark Zuckerberg, dono do Facebook, comunicou às redes sociais que a Rússia estava lançando uma série de ataques hackers para manipular as eleições presidenciais americanas. Portanto, as empresas de comunicação deveriam permanecer em alerta máximo.
Entretanto, e-mails provenientes de funcionários de alto escalão do Twitter relataram pouquíssima atividade russa na rede durante 2020.
“Não vimos nenhuma prova que corrobora essa afirmação [a de que a Rússia estaria lançando um ataque de larga escala no Twitter contra os EUA]. Nossa avaliação até aqui mostra esforços de baixa-escala […] mas nenhuma atividade significativa“, afirmou Roth em e-mail a um funcionário do FBI que perguntava se as informações relativas ao assunto noticiadas pela NBC eram verdadeiras.
Além disso, os arquivos publicados no Twitter Files revelam que funcionários importantes do FBI estavam trabalhando para o Twitter na época e tiveram papéis importantes na operação contra Trump.
Em suma, o FBI, por meio de seus contatos dentro do Twitter, começou a pressionar Roth para que ele executasse a política que a agência de inteligência queria que ele executasse. Para tal, começaram a insistir que as revelações acerca do computador de Hunter Biden eram ou hackeadas, ou falsificadas, algo completamente absurdo dado os documentos fornecidos pela reportagem do NY Post. Tanto é que, dias depois, o jornalista Peter Schweizer conseguiu provar que o computador era, de fato, do filho de Biden.
Finalmente, o FBI conseguiu o que queria: desmoralizou o escândalo de Hunter Biden e impediu que a manipulação do imperialismo nas eleições presidenciais americanas de 2020 fosse escancarada. O Twitter, pressionado pelos agentes, seguiu as ordens do FBI e efetivou a censura das denúncias.
Em outras palavras, o FBI conseguiu esconder uma série de revelações que provavam que as eleições foram uma farsa e que, portanto, a vitória de Joe Biden foi completamente manipulada pelo chamado Deep State. Consequentemente, tiveram papel decisivo no processo eleitoral, infringindo o direito constitucional de escolha do povo americano.
Os arquivos revelados pelo Twitter são especialmente valiosos, pois mostram como funciona o aparato de informação do imperialismo e como ele opera para garantir que a burguesia imperialista saia por cima. Uma demonstração factual de que, no regime imperialista, não existe regime democrático: trata-se de uma verdadeira ditadura.