─ TeleSur ─ A imprensa peruana noticia nesta segunda-feira bloqueios de estradas em várias regiões daquele país sul-americano, desde uma greve por tempo indeterminado convocada por transportadores de carga e outra de 48 horas organizada por agricultores.
Os manifestantes exigem que o Governo reduza os preços dos combustíveis, realize a anunciada segunda reforma agrária e cumpra outros compromissos. No caso dos agricultores, também pedem apoio do setor e a pronta entrega de fertilizantes.
Em declarações à imprensa, o vice-ministro dos Transportes, Luis Rivera, confirmou a existência de bloqueios nas regiões de Piura (norte) e Puno (sudeste).
Antes, ele pediu aos grevistas que não bloqueiem estradas, para não afetar a população, e expressou que o governo está interessado em dialogar para encontrar soluções, processo que aconteceria nesta segunda-feira na região de Arequipa (sul).
Um líder dos transportadores em Puno, Óscar Rodríguez, especificou que eles cortam a estrada de acesso à Bolívia. Acrescentou que os transportadores urbanos aderiram à greve e que esta terça-feira os comerciantes o farão.
Na região de Junín, manifestantes bloqueiam o acesso à cidade de Huancayo, enquanto em Cusco um grupo de cerca de 500 transportadores ocupa uma via de acesso à cidade de mesmo nome pelo sul.
Em Ayacucho, mais de 400 comerciantes de um importante comércio atacadista suspenderam a atenção ao público por causa da greve.
Enquanto isso, em Arequipa, cerca de 50 policiais vigiaram a principal via de acesso à cidade após as 10h, horário local, para evitar que ela fosse bloqueada.
Além das alegações já mencionadas, as transportadoras querem a eliminação do imposto de consumo seletivo (ISC), segundo o presidente da Associação Nacional de Transportadoras, Javier Corrales.
As operadoras alegam que essa medida não expira em julho e se estende até o final do ano. Além disso, querem que beneficie a todos, pois afirmam que hoje só o faz com grandes empresas de transporte.
O presidente da Confederação Nacional dos Conselhos de Usuários de Rega, Eduardo Contreras, explicou que seus membros pedem a implementação da chamada segunda reforma agrária, o aumento do apoio técnico e creditício ao setor e outras medidas postas em prática que desenvolvem o meio rural.