A Greve dos trabalhadores do Panamá que se iniciou em 6 de julho deve continuar.
O Panamá, mergulhado numa crise econômica desde que o modelo neoliberal se instalou no país, está atolado em uma enorme crise social, com desemprego em massa, baixos salários, inflação e auto custo de vida.
Trabalhadores de todas as categorias foram obrigados a se levantar contra a carestia e contra o modelo econômico que só lhes suga a força de trabalho e não lhes dá nem salário em troca.
O Governo Federal liderado por Laurentino Cortizo desde a deflagração da greve se recusa a dialogar com os trabalhadores e suas organizações.
Em vez disso busca simular uma negociação com políticos e organizações que nada tem haver com o movimento que deflagrou a greve geral.
Trabalhadores e indígenas promovem bloqueios, piquetes e marchas em diversas províncias do pais, principalmente em Colón, Chiriquí e Veraguas.
De acordo com a imprensa local, há fechamentos da rodovia interamericana por grupos indígenas e camponeses em Bocas del Toro, Chiriquí e Veraguas, bem como nas regiões de Azuero e Pacora.
Os lideres grevistas rejeitam que, na mesa de negociações convocada pelo Executivo, a Alianza Pueblo Unidos por la Vida, Anadepo, Suntracs e outras organizações que encarnam o sentimento popular não estejam representadas.
O secretário-geral da Associação dos Professores (Asoprof), Fernando Ábrego, denunciou que Cortizo impôs a sua pauta aos negociadores que aceitaram participar das reuniões e estabeleceu suas condições bem como local, data e hora. Ressaltou que os trabalhadores, mesmo assim, buscam o diálogo.
O que acontece hoje no Panamá e em diversos outros lugares pelo mundo é o reflexo da crise capitalista que precisa explorar e expropriar mais e mais o povo e a riqueza nacional de seus países.
Para isso usa governos que estão a seu soldo.
Em razão da pobreza e da falta de condições mínimas para sobrevivência a tendência de levantamento da classe trabalhadora se torna imparável em todos os países.