Os trabalhadores aproximam-se do dia da eleição em meio à maior crise econômica, social e política do País.
Ante o agravamento da crise econômica mundial, a burguesia nacional e seu governo, capacho dos países imperialistas, não têm outra “saída” senão aprofundar a expropriação das massas exploradas, conduzidas, cada vez mais, a uma situação de fome e miséria. Os salários são levados ao seu mais baixo poder de compra, o salário mínimo situa-se como um dos mais baixos de todo o mundo, incapaz de atender até mesmo aos gastos com alimentação de uma família trabalhadora.
Para “reduzir seus custos” diante da crise, os patrões tiram do trabalhador até mesmo o elementar direito de ter um emprego para ser explorado por um capitalista: só no estado de São Paulo, já são mais de 3,5 milhões de desempregados. Cresce o fechamento de fábricas, em muitas das quais os patrões somem, levando inclusive as máquinas e não pagando nem mesmo os magros créditos trabalhistas aos empregados.
O ataque às condições de vida da maioria da população, em favor dos interesses do grande capital nacional e internacional, aprofunda-se em todas as direções; desde a juventude, atingida com uma brutal campanha de destruição da escolas e universidades públicas e de expulsão dos alunos das escolas pagas (por meio dos astronômicos aumentos das mensalidades) até os aposentados, roubados todos os anos com reajustes abaixo da inflação.
Mais do que nunca, portanto, coloca-se a necessidade da construção de uma ampla mobilização do conjunto dos explorados contra os planos de fome e miséria do grande capital e dos seus governos. Os trabalhadores têm demonstrado disposição para esta luta, como prova a greve dos enfermeiros; dos servidores públicos, entre outras greves e lutas do último período.
E é nesse sentido, portando, que está colocada a tarefa, neste atual processo eleitoral. A principal questão é votar e lutar para construir uma grande mobilização nacional através de candidaturas que atendam as reivindicações mais sentidas da maioria explorada da população e para colocar abaixo o governo golpista Bolsonaro, os candidatos da terceira via, e o regime político que o sustenta, e substituí-lo, por meio da ação revolucionária das massas, por um governo próprio dos explorados, um governo dos trabalhadores da cidade e do campo, que hoje se expressa na candidatura do companheiro Luiz Inácio Lula da Silva.
A categoria bancária vem sofrendo, nos últimos anos, um aprofundamento dos ataques dos banqueiros: arrocho salarial, demissões em massa, assédio moral para o atingimento de metas de venda de produtos bancários, fechamento de centenas de agências e dependências bancárias, terceirização, sucateamento dos bancos públicos com vistas à privatização, descomissionamentos, ou seja, uma série de medidas que, literalmente, têm levado os trabalhadores às raias da loucura (segundo pesquisas, a categoria bancária é a que mais sofre em consequência a doenças laborais, principalmente as relacionadas às doenças psíquicas) e, nesse sentido é mais do que urgente impulsionar a mobilização dos trabalhadores por suas reivindicações. Este é o caminho para fazer nas eleições, para que a categoria possa fazer, mesmo que seja parcialmente (as eleições são mais um campo de luta e não o mais fundamental), um verdadeiro marco de luta da classe trabalhadora, e dar mais um passo para as lutas que, sem dúvida nenhuma, estão por vir.