Aproxima-se a posse de Lula (ainda bem!) e uma série de manobras e ataques contra seu governo, nos últimos dias, deixaram ainda mais claro que a burguesia golpista não está disposta a dar tréguas e quer criar obstáculos a Lula e suas medidas de caráter popular e, se possível, derrubá-lo.
Depois do Senado cortar mais de 50% da PEC do teto de gastos, com recursos para o Bolsa Família e investimentos, encaminhada pelo governo eleito para o Congresso Nacional, os deputados decidiram retirar mais 50% do que os senadores haviam deixado. No final, a PEC foi totalmente “desidratada” e dos cercada R$ 800 bilhões previstos para os quatro anos do terceiro mandato de Lula, restaram menos R$ 168,9 bilhões, pouco mais de 20% do valor inicial, apenas para o ano de 2023.
Em conluio com o Supremo Tribunal Federal (STF), que se intrometeu nas negociações do novo governo com setores do Congresso, a máfia direitista que domina o parlamento conteve boa parte das iniciativas de Lula.
Cresceram também os ataques da venal imprensa capitalista – a serviço dos grandes monopólios, principalmente dos bancos – contra vários integrantes do novo governo anunciados por Lula, enquanto fazem campanha para que o presidente eleito pelos trabalhadores nomeie pessoas de confiança dos tubarões do “mercado” e anuncie medidas que agrade os banqueiros.
Ao mesmo tempo, aumentaram as tendências no sentido de uma ampla mobilização dos explorados e de suas organizações já na posse de Lula, com chamados importantes a lutar pela revogação de todas as medidas do golpe contra os trabalhadores, contra as privatizações, pela riqueza do petróleo nas mãos do povo trabalhador.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) estimou que os presentes no dia 1/1 podem chegar a 350 mil pessoas. E uma série de categorias, como petroleiros, eletricitários, professores, sem terras etc., preparam mobilizações específicas em defesa de suas reivindicações específicas e do conjunto dos trabalhadores.
Algumas das nomeações de Lula, de companheiros ligados a ele, ao PT, da CUT etc., bem como declarações públicas do próprio presidente mostraram que ele busca caminhar no sentido de “governar para os mais humildes” e se opor a muitos interesses do “mercado” que, segundo ele, “fica nervoso à toa”.
Os trabalhadores precisam ocupar as ruas, desde já, defender Lula dos ataques da direita, ao mesmo tempo em que lutam por suas reivindicações centrais diante da crise e por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo, sem patrões e sem golpistas.
Comecemos pelo primeiro dia do ano, Vamos pintar a Esplanada dos Ministérios de vermelho, fazer do ato de posse um ato de de luta pelas necessidades do povo, de defesa do governo Lula dos ataques da direita e da defesa de um governo dos trabalhadores da cidade e do campo, sem patrões e sem golpistas.
Venha com o PCO e o Bloco Vermelho impulsionar essa perspectiva classista e revolucionária diante da evolução da crise histórica do capitalismo e da necessidade de impor uma alternativa dos trabalhadores diante dela,