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Talibã

Talibã desfaz segregação entre homens e mulheres nas escolas

Após expulsar o imperialismo do país, o Talibã promove uma integração cada vez maior das mulheres na sociedade afegã

mulheres afegãs estudando

Nesta quarta-feira (3), houve a reabertura das universidades públicas do Afeganistão pela primeira vez desde que o exército e os funcionários do imperialismo foram expulsos do país pelo povo afegão através da ação do Talibã.

O que surpreendeu a todo um setor da comunidade internacional é o fato de que as mulheres também voltaram a frequentar as universidades nessa reabertura. É sabido por todos que uma das principais campanhas do imperialismo, que foi, inclusive, muito replicada pela esquerda pequeno-burguesa, é que o Talibã era inimigo das mulheres e que sua condição de vida pioraria com a derrota do imperialismo. Particularmente no que diz respeito à sua presença em instituições de ensino.

No entanto, a abertura da universidade para estudantes do sexo feminino é um demonstrativo de que toda essa campanha não passava de uma farsa e de um pretexto levantado pelo imperialismo para desviar a atenção da importantíssima derrota militar sofrida por eles.

Segundo autoridades da educação do país, que deram depoimento para a agência de notícia Reuters, as mulheres estão autorizadas a frequentar as aulas desde que estejam separadas dos estudantes do sexo masculino. Testemunhas relataram ter visto mulheres entrando na Universidade de Nangarhar, uma das maiores instituições públicas de ensino do Afeganistão.

É interessante notar que nas universidades públicas foi permitido o ingresso de mulheres, mas nas particulares – que também reabriram nesta semana – as alunas ainda não puderam voltar as aulas. Trata-se de uma evidência de que há um esforço do governo do Talibã no sentido de levar adiante uma política de favorecimento das mulheres, se mostrando mais progressista do que a iniciativa privada e também do que o governo de muitos outros países arábes, inclusive aliados do imperialismo, como a Arábia Saudita.

A medida mostra que o verdadeiro inimigo das mulheres no mundo não é o Talibã, mas sim o imperialismo. Anteriormente, os EUA estavam esmagando, perseguindo, assassinando e massacrando a população afegã, inclusive as mulheres. Com a ascenção do Talibã, apoiado pela população afegã, a situação tem melhorado para as mulheres e para todos os outros setores da sociedade.

Isso é uma prova do quão vergonhosa foi a campanha de certos setores da esquerda, que se compadeceram do imperialismo ao vê-los humilhados e derrotados por um dos povos mais atrasados e pobres do mundo. A ideia de que o Talibã seria o maior inimigo das mulheres já se revela totalmente falsa e ressalta a importância da vitória do povo afegão contra os EUA.

Uma tendência à integração das mulheres

Anteriormente, o Talibã já havia tomado outras medidas que favoreceram as afegãs, como a autorização para que as mulheres recusassem pedidos de casamento, direito até então inédito para elas. Tratou-se de uma importante medida no sentido de torná-las cidadãs de fato em seu país.

Um outro caso que demonstrou o aceno positivo do Talibã com relação às mulheres foi o da jornalista neozelandesa Charlotte Bellis. Bellis trabalhava para o veículo Al Jazeera em Cabul quando o Talibã tomou o poder no Afeganistão. Para fugir do conflito, ela foi para o Catar, onde descobriu que estava grávida. No Catar, é crime a gravidez fora do casamento, o que levou a necessidade de Charlotte a voltar para seu país de origem.

No entanto, as fronteiras neozelandesas se encontram fechadas devido às medidas altamente repressivas de seu governo no que diz respeito à pandemia do coronavírus. Então, ela pediu asilo ao governo afegão liderado para o Talibã, que o concedeu, acolhendo a jornalista em seu país. A medida é algo surpreendente para uma organização que sempre foi retratada como a maior inimiga das mulheres no mundo.

O verdadeiro inimigo das mulheres é o imperialismo

É evidente que o Talibã é uma organização de ideologia conservadora, que reflete o pensamento de um país extremamente atrasado, de características quase tribais. No entanto, a maior opressão que poderia existir sobre as mulheres afegãs é a presença do imperialismo em seu território. Não há força mais opressora e reacionária do que o imperialismo. Nesse sentido, a política dos identitários, de atacar o Talibã e defender a presença norte-americana no Afeganistão, é uma política reacionária e de apoio ao imperialismo.

O caso do Afeganistão é um demonstrativo do quão equivocada é a política dos identitários, além de demonstrar que sua única serventia é para procurar defender e legitimar as ações desumanas do imperialismo. Em todas as situações, é sempre muito evidente o fato de que os identitários estão sempre se posicionando ao lado do imperialismo. No Brasil, isso ainda é reforçado pelo fato de que foi provado que muitos dos agrupamentos identitários são financiados por organizações como a Ford Foundation, uma fachada da CIA.

Por conta disso, é mais do que justificado que a esquerda, o movimento operário e a classe trabalhadora mundial celebrem a vitória do Talibã sobre o imperialismo. Toda derrota do imperialismo é uma vitória para a classe operária. Para que os operários sejam definitivamente vitoriosos, é preciso que haja uma união dos trabalhadores de todo o mundo para combater e derrotar o imperialismo, seu maior inimigo e opressor.

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