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Crise de saúde

Surto de Ebola volta a castigar o Congo

Imperialismo deixa países pobres como o Congo serem dizimados por doenças para lucrar

A descoberta de um novo caso de Ebola na região norte da República Democrática do Congo, na cidade de Mbandaka, motivou as autoridades sanitárias do país a declararem, no dia 23/04/2022 (sábado), um novo surto da doença.

O novo surto surge há pouco mais de 4 (quatro) meses depois de oficialmente encerrado o surto anterior, que havia se iniciado em 8 de outubro de 2021 e terminou oficialmente em 16 de dezembro, deixando um total de 9 mortos.

Já é o 11º (décimo primeiro) surto de Ebola a ter início na República Democrática do Congo desde 2007.

Ebola é uma das doenças que já deveria ter sido erradicada da face da terra, em razão do desenvolvimento tecnológico da humanidade no último século.

Contudo, como vivemos no modo de produção capitalista, em especial na sua fase de decadência (o Imperialismo), doenças que deveriam ter sido erradicadas ainda não o foram. Ademais, doenças que já haviam sido erradicadas voltam a assolar o planeta, especialmente os países mais esmagados pelo Imperialismo, quais sejam, os países do continente africano.

A não erradicação das doenças, apesar do desenvolvimento tecnológico da humanidade, nada mais é do que um produto do próprio modo de produção capitalista: nele, tudo se transforma em mercadoria, até mesmo a vida de bilhões de seres humanos.

Para o Imperialismo, em especial para os monopólios da indústria farmacêutica, só vale salvar vidas na medida em que seja lucrativo e/ou desde que seja necessário para a manutenção de uma estabilidade política, necessária para a continuidade da exploração capitalista.

Assim, a erradicação de doenças fica dificultada, pois o motor que move a indústria farmacêutica não é a descoberta científica, e muito menos o apreço pela vida humana e sim o lucro.

Por sua vez, e no mesmo sentido, o retorno de doenças que já haviam sido erradicadas é produto da destruição das forças produtivas causada pelo Imperialismo através da política neoliberal.

Através dessa política, os países imperialistas (os principais são: EUA, Inglaterra, França, Alemanha e Japão) promoveram a maior destruição de forças produtivas que a humanidade já viu. Maior até que as duas grandes Guerras.

Colocando em termos concretos: a fim de salvar os monopólios capitalistas da falência, sugando todo o orçamento estatal necessário (leia-se, o dinheiro do povo), os países imperialistas promoveram uma destruição generalizada dos sistemas de saúde mundo afora, principalmente o dos países atrasados, mas também o dos seus próprios países.

E quando falamos em sistema de saúde, também falamos do aspecto sanitário, fundamental para a prevenção das mais variadas doenças.

Esse novo surto de Ebola nada mais é do que um produto dessa destruição neoliberal.

Assim também o são os frequentes surtos epidêmicos/pandêmicos das demais doenças, cuja frequência vem aumentado nos últimos anos.

Cumpre lembrar que ainda estamos enfrentando a pandemia da COVID-19, que se iniciou há mais de dois anos. Embora boa parte da população do continente americano, europeu e asiático já tenha sido vacinada, no continente africano, menos de 25% da população foi imunizada.

Enquanto a população africana comia o pão que o diabo amassou, os países imperialistas, principalmente os Estados Unidos, fazia estoque de doses vacinais, mais do que o necessário para imunizar a própria população.

Isto, combinado com o novo surto de Ebola, demonstra o quão esmagado são os povos africanos.

Como fica claro, não é um mero problema de saúde pública, é um problema político: enquanto o Imperialismo continuar a esmagar e a impedir o desenvolvimento dos países atrasados, em especial os países africanos, esses surtos continuarão a se repetir. Doenças que já estão erradicadas voltarão a aparecer.

Assim, a única saída é a derrocada do próprio imperialismo e, consequentemente, do modo de produção capitalista, que já está com seus dias contatados, pois o povo oprimido do mundo inteiro não aguenta mais uma vida de miséria e de destruição neoliberal.

A luta continua. Deve continuar.

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