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Wikipedia mantém página

Só agora? Diretor da PRF bolsonarista é exonerado

Ajudou Bolsonaro e ganhou aposentadoria aos 47 anos. PRF tenta censurar página da Wikipedia que relata o passado de seu ex-diretor-geral

Foi publicado na imprensa golpista a notícia de que o Diretor-Geral de Polícia Federal Rodoviária (PFR) Silvinei Vasques foi exonerado por Bolsonaro. Ele foi um dos responsáveis pelas interdições de veículos de transporte coletivo focado na região nordeste, mobilizando milhares de policiais rodoviários, o que acabou impedindo os eleitores de chegar no local de votação. Isso porque um dia antes o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tinha proibido essa operação, o que foi rejeitado por Vasques. Após a eleição, o diretor-geral foi chamado a depor na Câmara dos Deputados, e foi aberta investigação pela Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF). Foi publicado a matéria no site da PRF: “Diretor-Geral da PRF apresenta resultados institucionais e se despede com mensagem de motivação ao efetivo” no dia 16/12/2022, em que cita que Vasques entrará com “pedido de aposentadoria”.  Ou seja, Silvinei Vasques foi exonerado para se aposentar.

Vasques tornou-se diretor-geral da instituição mesmo com inúmeros processos administrativos, e mesmo assim conseguiu chegar no topo da corporação. Em 1 ano e 8 meses de posse, é exonerado com aposentadoria. A Câmara dos Deputados o convocou para “prestar esclarecimentos”, e a Polícia Federal e o MPF começaram a “investigar”, mas pelo jeito sem nenhuma ação concreta. O corporativismo é forte, como consta abaixo.

Silvinei Vasques possui página na Wikipedia:

Currículo de Silvinei Vasques, segundo a Wikipedia:

No cargo de Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) desde abril de 2021, Silvinei Vasques, 47 anos, natural de Ivaiporã – SC, com ligações com o PSL de Santa Catarina, sempre foi considerado um aliado bolsonarista dentro da PRF.

Possui diploma superior de ciências econômicas pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), direito pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí), administração de empresas pela UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina), segurança pública pela Unisul; especialização em gestão organizacional pelo Centro Universitário de Maringá, mestre em administração pela Universidade Uniatlântico, da Espanha; doutorado em direito pela Universidade Católica de Santa Fé, Argentina; além de especializações em operações policiais em SWAT (Special Weapons and Tactics – Armas e táticas especiais), EUA.

As polêmicas de Silvinei Vasques:

1) Processos administrativos disciplinares:

1.1) década de 90: denúncia no MPF pela participação de esquema de cobrança de propina para empresas de guincho que atuavam na BR101 e BR280, em Santa Catarina. O caso prescreveu sem ser julgado. A propina chegava até 40% do valor dos serviços. Vasques ameaçou a dar um tiro na testa de um dos acusantes por recusar o pagamento do valor.

1.2) 2000: agressão a um frentista que trabalhava na Cristalina – GO, por ter recusado a lavar os carros usados por policiais rodoviários, em que o próprio Vasques fazia parte. Vasques agrediu com socos no abdômen e nas costas do frentista. O frentista fez denúncia do ocorrido. O processo se arrastou na Justiça de Goiás até 2012, e a União foi obrigada a pagar indenização, sendo reajustado dobrando o valor. A União pediu ressarcimento a Vasques, que recusou no início, até que em 2017 foi obrigado ao pagamento de mais de 70 mil reais.

1.3) 2021: constava 8 processos disciplinares, e Vasques foi punido em apenas um. No mesmo ano a PRF impôs um sigilo de 100 anos sobre processos administrativos envolvendo Vasques. As solicitações de abertura de informações baseadas na Lei de Acesso à Informação foram rejeitadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres.

1.4) Eleição geral de 2022:

Vasques conduziu operações policiais no dia das eleições gerais de segundo turno, que havia sido proibida pelo TSE. Rejeitando a determinação, Vasques deu continuidade ao plano, que atingiram desproporcionalmente a região norte do país, focando no transporte coletivo, ou seja, no povo. Essa operação foi planejada para favorecer o candidato Jair Bolsonaro (PL).

Em 09/11/2022, Vasques e o ministro de Justiça Anderson Torres foram convocados a prestar esclarecimento na Câmara dos Deputados pelo PSOL, e no dia seguinte Vasques começou a ser investigado pela Polícia Federal a pedido de MPF.

Silvinei Vasques e a Wikipedia:

Em 13/11/ 2022, a Diretoria de Inteligência da PRF enviou um ofício à (…) Wikipédia pedindo a exclusão da página sobre Silvinei Vasques e a identificação dos responsáveis pela edição para “avaliação de eventuais medidas a serem adotadas”. O documento afirma que houve “exposição indevida” da corporação e do seu “dirigente máximo”.

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