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Eleições 2022

Simone Tebet, ou como a Terceira Via precisa de um anônimo

Dória, Aécio, Moro... Todos possuem um histórico que os coloca em grave desvantagem com a aceitação do povo

senado votacao davidalcolumbre simonetebet rodrigopacheco 01fev2021

A burguesia continua articulando como irá manter o golpe de Estado de 2016 nas eleições de 2022. Após parir o fascista Jair Bolsonaro(PL) e apoiar seus ataques nos três anos e meio de governo, agora ela critica Bolsonaro para alavancar uma terceira via, um agrupamento que possa fazer as mesmas maldades de Bolsonaro com o estilo entreguista de Fernando Henrique Cardoso.

Ao contrário de Moro, Doria, Aécio e outros golpistas, a senadora ruralista do MDB, Simone Tebet, pode ser confirmada como essa candidata à presidência da República pela terceira via porque é anônima, desconhecida do grande público, apesar do histórico de ataques aos índios. Se até lá ela não alavancar, a burguesia seguirá novamente com Bolsonaro, como quer uma de suas alas.

Quem é Simone Tebet, a nova aposta da burguesia para derrotar Lula?

Assim como em 1989, quando alçaram do esgoto político um falso caçador de marajás, Fernando Color de Melo, agora a burguesia planeja utilizar a mesma fórmula para convencer a população que Tebet é democrática e não se encaixa em nenhum extremo, como estão sendo pintados Bolsonaro (cria da burguesia e em breve aliado assim que os patrões do mercado chamarem) e Lula, o candidato do povo, com base social, sindical e anti-imperialista.

Natural da cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, Simone Tebet é filha do ex-senador Ramez Tebet. A senadora está no Senado desde 2014, apoiou o golpe contra Dilma Roussef (PT), apoiou Bolsonaro e se destacou como representante do agronegócio e do latifúndio.

A senadora, embora tenha golpeado Dilma Roussef juntamente com as raposas do Congresso, ainda faz demagogia com relação às mulheres.

“As pessoas ainda se recusam a acreditar que a mulher sofre misoginia, que a mulher que ousa sair para o mercado de trabalho, vai para um ambiente público, não só na política, mas no dia a dia, ela recebe toda sorte de discriminação”, disse Tebet.

Renato Farac, membro nacional do Partido da Causa Operária, em artigo neste Diário, denuncia a latifundiária e identitária Simone Tebet na sua falsa defesa dos índios:

“Simone Tebet é de uma família de políticos tradicionais e defensores do latifúndio do Mato Grosso do Sul, seu pai, Ramez Tebet foi senador e presidente do Congresso Nacional. A atuação de Simone Tebet sempre foi defender os latifundiários e atacar duramente os povos indígenas. Isso ocorre porque Tebet é latifundiária e possui propriedades em um dos municípios com maior conflito entre indígenas e latifundiários, Caarapó, palco de massacre contra os índios. Tebet é proprietária da Fazenda Santo Antônio da Matinha neste mesmo município e tem profundos interesses no massacre de indígenas.” (https://www.causaoperaria.org.br/rede/dco/opiniao/colunistas/simone-tebet-amiga-do-psol-do-pcdob-e-da-presidenta-da-une/)

Embora detentora de um curriculum sujo e com várias ataques aos índios, latifundiária, inimiga da Reforma Agrária, golpista, a burguesia irá pintá-la de desconhecida, sem máculas, a fim de que seja pouco atacada e possa alavancar mais uma candidatura da burguesia ao lado da candidatura de Bolsonaro.

Na sua tradicional Análise Política da Semana, na COTV, o presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta, traçou o perfil da latifundiária Tebet:

“A candidatura da Simone Tebet ela foi apoiada aí já por várias pessoas, algumas vieram a público e outras nem tampo. O que fica claro das pessoas que estão apoiando essa candidatura é a seguinte: essa é a candidatura dos banqueiros. Foi publicado um manifesto que foi iniciativa de uma mulher que é casada com o ex-presidente do Itaú Unibanco, o maior banco brasileiro, o principal aliado, melhor dizendo, do sistema financeiro internacional no Brasil. Não só, nesse sentido, ela é uma candidata dos banqueiros como ela é uma candidata também de todo o sistema imperialista financeiro. Se eles conseguirem que ela seja candidata e que ela ganhe a eleição, vamos supor, nós vamos ter aqui um governo praticamente idêntico o governo Fernando Henrique Cardoso, que arrasou o país. A desgraça que nós estamos vivendo aqui, a desgraça social e econômica, em grande medida é obra de Fernando Henrique Cardoso. Quem apoia ela do ponto de vista político é justamente o grupo do próprio Fernando Henrique Cardoso. Aqueles economistas vampiros que participaram da privatização, Pérsio Arida e outros, quer dizer, é uma candidata dos banqueiros, do sistema especulativo e do imperialismo. A imprensa, logicamente, vai procurar apresentar a mulher como opção democrática ao bolsonarismo, o que é uma bobagem, porque na época do governo FHC ele fez tudo aquilo lá sob a base de uma grande repressão da classe trabalhadora brasileira”, alertou o companheiro Rui Costa.

Enfim, embora as pesquisas eleitorais realizadas por institutos burgueses apontem um amplo favoritismo de Lula a ponto de ele poder vencer as eleições no primeiro turno, isso pode ser mais uma armadilha para o PT e todos os seus aliados, visto que as pesquisas são ferramentas de manipulação política e esse jogo ainda pode ser virado ou manipulado pela burguesia, como ela fez de uma forma ou de outra em todas as eleições, como as de 1989 para cá, para ficarmos apenas nas eleições pós-ditadura.

Para derrotar o golpe, Bolsonaro e todos os golpistas, é preciso ter como principal ferramenta de luta a mobilização nas ruas de toda classe trabalhadora em prol da candidatura de Lula. Pesquisa não vence eleições, pelo contrário, pode engessar essa luta política fundamental no momento de recrudescimento das forças fascistas no Brasil.

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