Na última terça-feira (23), foi divulgada a pesquisa do Ipec (ex-Ibope) para os cargos de governador e senador de Santa Catarina. Os resultados em ambos os cargos mostram o desastre eleitoral que a dita “frente democrática” deverá enfrentar.
Ressalvando o fato de ser uma pesquisa encomendada pela Rede Globo, e que portanto a mesma deve ser vista com muito cuidado, o candidato do Republicanos, Moisés, lidera a pesquisa com 23% das intenções de voto, seguido por Jorginho Mello, do PL, com 16%.
O candidato ao senado do PSD, o ex-governador Raimundo Colombo, aparece à frente com 26% das intenções de voto, seguido por Dário Berger (PSB), com 9%, e Celso Maldaner (MDB), com 7%. Esta é a primeira pesquisa de intenção de voto em Santa Catarina.
Dito isso, fica a pergunta: Vale a pena, PT?
Desde de 2020 o partido vem articulando uma “Frente Democrática “ que no início contava com 8 partidos, sendo eles: PT, PSB, Solidariedade, PCdoB, PV, PDT, PSOL e REDE. Essa ‘frente’ após rachas impulsionados por puro carreirismo político, terminou com 5 partidos, sendo eles: PT, PSB, Solidariedade, PCdoB e PV.
Conforme divulgado por esta coluna na semana passada (confira aqui), o candidato ao senado pela dita “Frente Democrática” é um político burguês e grande empresário do ramo da segurança privada, o que logicamente não empolga ninguém. Essas alianças, costumeiramente são apresentadas como necessárias para ganhar as eleições, neste caso nem para isso estão servindo.
A pergunta que deixo é: se é para ter este resultado eleitoral, por que não fazer uma campanha à esquerda, varrer com essa escória golpista que se cercaram, mobilizar os trabalhadores com propostas radicais, ir aos bairros operários e se apresentar como uma alternativa a tudo que está aí? Assim, na pior das hipóteses, mesmo o resultado eleitoral sendo negativo, permitiria desenvolver uma oposição com bases materiais depois das eleições. Ainda dá tempo, é necessário que o PT dê uma guinada em 180º nos seus métodos, pois os métodos que estão sendo utilizados claramente tendem ao fracasso.