No canal do youtube SBT Sports, programa Fut Live, um vídeo intitulado: “Neymar não tem o tamanho de Messi e Mbappé”, deixa clara a perseguição e tentativa de rebaixamento do futebol brasileiro pela imprensa golpista. O vídeo começa com o jornalista André Galvão, ao vivo do Catar, quando perguntado pela equipe no Brasil como foi o clima assistindo o jogo de dentro do estádio. O jornalista até então tranquilo, começa com algumas informações totalmente desproporcionais: “A Argentina fez uma copa de muita garra, muita raça, muita luta, a gente percebia que saia da alma do torcedor argentino o grito de incentivo”. André Galvão, um jornalista “quase poeta argentino”, superou muitos sesu colegas argentinos na descrição da copa do mundo, visto que, na própria final, tivemos momentos de paralisia do time argentino, sem luta nenhuma, e a França, por um detalhe não levou a taça. André Galvão, também afirma também que a Argentina foi melhor quase o jogo todo. Se fizermos uma conta rápida, o jogo teve 120 minutos de duração contando a prorrogação. A Argentina controlou o jogo por 65 minutos, quando a França inverteu a situação aos 20 do segundo tempo. A partir daí o jogo foi melhor para os franceses e no mínimo igual até o final. Ou seja, uma pessoa honesta, diria que a Argentina foi bem por 55% do jogo, e após, a tendência foi de virada dos franceses. Muito diferente de ser melhor quase o jogo inteiro.
André Galvão também aproveitou para se deliciar aos franceses quando disse: “Realmente, a França teve a “genialidade” de Mbappé, marcando três gols”. Estranho o jornalista, que disse estar em campo e não lembrar que dos 3 gols do atacante Mbappé, 2 foram de pênalti que ele nem sofreu, sendo o segundo um chute sozinho para o gol sem nenhuma marcação. Mas André Galvão, continua e chega a conclusão de que a Argentina comandou as ações do jogo. Menos que dez segundos depois desta concluão, Galvão coloca: “e a conquista veio da forma épica, dramática, do jeito que eles gostam”. Uma pergunta aqui cabe para o jornalista: se a Argentina controlou o jogo e comandou as suas ações, por qual motivo a vitória teria sido dramática? Em um jogo de futebol, quando uma equipe controla o jogo e suas ações a vitória vem de forma tranquila, de nenhuma forma dramática. Não seria isto o mais natural? André Galvão, tão emocionado pelos argentinos, até tenta uma pronúncia em espanhol da tercera estrella, mas se atrapalha com seu espanhol e se sai mal.
Por volta de 1m50s, o vídeo volta para os jornalistas no Brasil e repentinamente, muda-se totalmente a pauta do programa. Sem nenhum sentido de andamento e em um tom de ironia, o apresentador Fred Ring comenta as enquetes de como seria a sexta estrela do Brasil e diz que ainda falta muito para nós. Chama André Galvão pedindo para comentar sobre o papel do ídolo e conclui: “será que a gente não merece o Neymar ou ele tem culpa no cartória também?”. Neste momento abre-se um sequência de ataques contra Neymar sem nenhum propósito real, a não ser o de puramente atacar. Galvão, retoma o vídeo com algumas repetições de falas e aumento de voz, típicas de nervosismo, e sem nenhum argumento claro e convincente, diz que irá direto ao ponto: “Ele (Neymar), não tem o tamanho de Leonel Messi e nem se quer de Kyllian Mbappé, não tem mesmo, não é por falta de dedicação … esses caras estão em uma prateleira acima dele”. Continua sua “tese”, dizendo que vendo o que viu Messi e Mbappé fazendo na final “acredita” que Neymar não conseguiria fazer. Termina a sua fala, com uma hipocrisia sem tamanho: “confesso a vocês que eu tenho dificuldade de dizer que o Messi foi sozinho o cara da copa, pois, para mim o Mbappé está na mesmíssima altura dele”.
No vídeo fica claro um ataque gratuito a Neymar e a seleção brasileira. Nenhuma ação destas seria ato de pura espontaneidade do apresentador e do jornalista. Nota-se uma linha de orientação a estes que deveriam de qualquer maneira arranjar um jeito de atacar o jogador e a seleção em meio a um melhor momento da audiência. Se formos analisar do ponto do jornalismo burguês, só um jornalista com “costas quentes”, ou seja, autorizado pela editoria chefe para desferir um ataque baixo e provocativo contra um dos maiores jogadores do mundo e sua seleção, poderia fazê-lo. Também, poderíamos dizer que uma emissora ou outra, ataca o jogador e a seleção por questões puramente políticas como a Globo, neste caso. Mas o que presenciamos aqui, é um ataque em coro, típico dos grandes golpes praticados no Brasil recentemente como Mensalão e Lava Jato. Não se trata de pouca coisa, o ataque contra o futebol brasileiro vem de fora, é do imperialismo e é um golpe. Defender Neymar e a nossa seleção é a obrigação do momento atual. É a luta contra o imperialismo.