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"Acendendo vela para o diabo"

São Braúlio da Cabeça Lustrada vai nos salvar?

Depois de votar com a direita a favor da PEC do estado de emergência e da "compra de votos", esquerda parlamentar pede a ministro golpista do STF nos "livre do mal"

Peço licença ao companheiro Jota Camelo, para tomar emprestada sua charge, que apareceu pela primeira há cerca de um mês,  para não apenas dar título à essa nossa Coluna, com o também para  destacar o caráter “premonitório”, não só da charge, como também das previsões políticas feitas pelo Partido da Causa Operária, sobre as consequências da política da esquerda pequeno burguesa, que Jota expôs de modo satírico e eficiente.

Em várias oportunidades apontamos que a política dessa esquerda de crença nas instituições do regime, desde o golpe de Estado de 2016, totalmente dominadas pela direita golpista, como o Congresso Nacional, o Judiciário etc., em contraposição com o abandono da perspectiva tradicional da esquerda de mobilizar os trabalhadores e suas organizações no sentido conquistar suas reivindicações e/ou defender suas necessidades contra os interesses mesquinhos da burguesia. Aliás, para boa parte da esquerda, sequer acredita mais que exista luta de classes e “vende” a ilusão de que os problemas centrais da classe trabalhadora possam ser ser resolvidos por meio da conciliação com o imperialismo e a burguesia “nacional” que, em meio a uma crise histórica do capitalismo, defendem seus ganhos às custas da miséria, fome e morte de milhões de trabalhadores. E para isso não economizam em golpes e guerras e todo tipo de genocídio de parcelas da população.

A “profecia” de Jota, “inspirada” na política do PCO, se consumou. No último dia 14, representantes dos partidos que compõem o movimento “Vamos Juntos pelo Brasil” (PT, PSB, PCdoB, Rede, se reuniram com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na reunião,  segundo o relato do próprio PT, foi apresentado “um pedido de providências para conter a escalada de casos de violência política que vêm ocorrendo no país“, diante de acontecimentos recentes como o assassinato do tesoureiro municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo  Arruda, em Foz do Iguaçú.

Os dirigentes da esquerda parlamentar foram pedir “socorro” e medidas de repressão para o ex-filiado ao PSDB, ex-secretário de segurança publica em SP (onde reprimiu manifestações de estudantes, professores sem teto etc.) e que, depois de indicado para o STF pelo presidente golpista, Michel Temer (MDB), voltou com outros elementos direitistas do STF a favor de medidas que garantiram a prisão de Lula por mais de 580 dias, que asseguraram a fraude que colocou Bolsonaro na presidência.

Ao se “ajoelharem” pedindo socorro para “São Braúlio da Cabeça Lustrada” e pedir ações repressivas, como multas individuais de  “R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) por ato” contra Bolsonaro (mas que podem se estendidas, obviamente, até por pela “magnânima” equidade da suprema Corte), essa esquerda mostra que esta depositando suas esperanças nas mesmas pessoas e instituições do regime que promoveram o golpe e levaram o País ao gigantesco retrocesso que vivemos.

Não se trata, infelizmente, de um acontecimento casual.

A reunião ocorreu na mesma semana em que toda essa esquerda e seus aliados da direita, votaram juntos com a extrema direita e a “oposição” golpista a favor do estado de emergência que coloca nas mãos do mesmo Bolsonaro, um enorme poder e mais de R$41 bilhões para “comprar os votos” de uma parcela da população e distribuir, de fato, recursos públicos para os grandes monopólios (como os bancos que foram autorizados a fazer empréstimo consignados para os beneficiários do auxílio emergencial;  ou especuladores que receberam os recursos que passaram pelos caminhoneiros e motoristas de aplicativos, que garantiram seus lucros).

Nos Estados, o PT, maior partido da esquerda e que detém a maior liderança popular do País, entregou a disputa para atender aos interesses de seus “aliados” (como no caso desta semana, no Espírito Santo).

Por todos lados, uma abdicação da luta, da mobilização popular, única arma capaz de levar os trabalhadores e seu candidato à vitória.

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