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O poder necessário para a paz

Rússia está preparada para a guerra prolongada na Ucrânia

Com o objetivo de desarmar e desnazificar a Ucrânia, a Rússia estabelece uma clara dominação territorial com um elevado grau estratégico e poucas baixas civis e militares

Na cobertura da “guerra na Ucrânia”, consagra a mesma forma de manipulação do lobby sionista contra o povo palestino. A técnica de manipulação da guerra tem sido denunciada sistematicamente pela imprensa e apoiadores da Rússia, com relativo efeito, mas nada suficiente para reverter o quadro sistemático de sanções e cancelamento do povo, cultura e economia daquele país.  

A manipulação oscila entre dizer que a Rússia arrasa cidades inteiras como Mariupol, ao mesmo tempo sofre problemas de logística. A cobertura da imprensa capitalista também não decide se a Ucrânia “resiste” ou se os russos são “cruéis e sanguinários” de uma nova “blitzkrieg”. Na corrida para criminalizar a Rússia vale apoiar nazistas, mas com moderação, como fez recentemente a CNN Brasil, em um esquete de puro sadismo. 

Imagem
Reprodução/CNN

O que há de real na cobertura de guerra por parte da imprensa imperialista? 

Nada é real, a não ser algumas imagens de tanques com os símbolos Z e V (letras que não existem no alfabeto russo, por isso são símbolos), porém sob um ângulo que favoreça a russofobia (termo cunhado pelos próprios russos para designar o cancelamento ao povo russo). O ângulo da imprensa capitalista tem influenciando a intelligentsia remunerada por ONGs e a classe média “esclarecida”, que adota o discurso pacifista. Essa postura pró-imperialista facilita a manutenção das intenções escusas da OTAN.

Veículos, homens e armas são a parte visível do conflito, porém é a “a ponta do Iceberg” de uma grande operação que vai da formação militar, passando pelo treinamento sistemático até chegar às formações táticas, que serão as linhas de combate como expressão final para tomada dos territórios. No teatro das operações  (Donetsk; Lugansk; Odessa e Kiev) observamos uma das campanhas militares mais eficientes da História.

A Rússia, desde o século XVIII, desenvolveu, em suas escolas de guerra, o conceito de “guerra defensiva prolongada”. Nessa forma de organização militar, os russos aprenderam doutrinas a partir de um serviço de inteligência para defesa e eventual tomada dos territórios em conflito. Os avanços russos ao longo de séculos advém mais da necessidade de defesa do que do “espaço vital”, como propôs o geógrafo alemão Friedrich Ratzel, elaborador da doutrina geopolítica do Kaiser Bismark.

Deste modo, a Rússia não tem prazo para sair do território ucraniano, e essa ação estava no radar russo há anos, especialmente após a Revolução Laranja de 2004, uma revolução tradicionalista ucraniana, com uma série de requintes do nazismo e implantação da doutrina oficial de Stepan Bandera. Todas as operações de tomada e controle do território ucraniano estavam preparadas de antemão pela Doutrina Gerasimov, que abordamos na semana passada. A guerra prolongada russa é condição para promover a autodeterminação das Repúblicas do Donbass, e desnazificar o território de fronteira.

Rússia vs Ucrânia

Apresentaremos uma comparação trazida pela Global Firepower, a principal base de dados e informações sobre guerra do mundo. A Global Firepower apresenta quase todas as informações referentes aos equipamentos e batalhões. Para o conflito entre Ucrânia e Rússia, a Global Firepower apresentou um gráfico especial para a edição 2022. A imagem abaixo é a síntese, mas os gráficos apresentados pela edição expõe o abismo entre os dois países. As classificações abaixo demonstram a Rússia no estado de elevada classificação militar. Daí a existência dos batalhões de mercenários e grupos paramilitares que compõem a estrutura do Estado de caráter praticamente oficial.

Só para efeito de ilustração desse abismo, podemos mencionar o gráfico dos investimentos em forças armadas, que traduz grande parte da diferença entre os dois países. Não há possibilidade de um enfrentamento e resistência para um exército fragilizado pelo Estado ucraniano, o que acabou dando poder aos nazistas para tomarem de assalto o próprio exército oficial.

Além de todo armamento disponível na publicação, podemos destacar também o elemento que desmente completamente a imprensa capitalista. A Rússia é o segundo exército mais poderoso do mundo, mesmo possuindo uma população 11 vezes menor que a China e quase quatro vezes menor que os Estados Unidos. Ambos os países, China e Estados Unidos são muito mais poderosos “economicamente” que a Rússia. A Ucrânia, contando com todo apoio dos Estados Unidos e herdando grande parte do conhecimento militar russo, não passa da 22ª colocação.

A Rússia não iniciou efetivamente sua campanha aérea, mas se começasse não teria repórter algum na superfície do ucraniana para ver os reais estragos, aquilo que comumente os Estados Unidos fazem com suas vítimas desde o Vietnã. A mais avançada força aérea do mundo arrasaria a Ucrânia sem piedade, não como a imprensa capitalista tenta demonstrar. A diferença em números de aviões é de 3.855 aeronaves, desde as menos avançadas como os MiG, predominantes na Ucrânia (herança soviética), até os Sukhoi.

As informações da Global Firepower são a superfície da capacidade de tomada da Ucrânia por completo, não sendo a toa que a OTAN recuou no dia de hoje, apesar de manter efetivos em seus fantoches prediletos, especialmente os Bálticos e a Polônia, países que concentram no momento o maior efetivo da OTAN, porém, essas forças estão neutralizadas pela revelação das forças e da possibilidade de avanço bielorrusso na região de Lviv, o que poderá acontecer após meses ou mesmo anos, a depender de como a cúpula de Estado da Ucrânia vai reagir, pois a possibilidade de repetição da Crimeia é bastante plausível e já é comentada em canais especializados.

O que a Rússia está fazendo é desnazificar e devolver a Ucrânia desmilitarizada e que não se torne uma ameaça ao povo russo e os sofredores do regime nazista de Volodymir Zelensky. A desnazificação só é possível com uma ação armada efetiva, pois a base do nazismo é o Estado de exceção e não haverá nenhum tipo de acordo após oito anos da proclamação de independência das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugank, repúblicas que se opõe ao regime imposto pela OTAN, utilizando-se da ideologia de Stepan Bandera, considerado um herói, oficialmente, desde a Revolução Laranja.

O nazismo imposto pelo imperialismo só será derrotado na base da guerra defensiva do povo russo, não com acordos. Minsk 1 e 2 foram burlados e rompidos pela Ucrânia a mando dos Estados Unidos e a Rússia está fazendo a ação correta para tentar remover esse mal de sua fronteira. Por isso é preciso que a esquerda apoie a Rússia e lute para que seus países sigam esse exemplo, pois assim o imperialismo poderá ser derrotado.

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