A Rússia anunciou hoje (21) que irá enviar mais 300 mil reservistas dentro de um novo contingente militar para a região do Donbass, auxiliando as forças que lutam atualmente na República Popular de Donetsk.
Trata-se da maior ofensiva russa desde o dia 24 de fevereiro, quando iniciou-se a operação militar especial de desnazificação e desmilitarização da Ucrânia.
A imprensa internacional apontou, nas últimas duas semanas, que os russos estariam enfraquecidos e teriam tomado um revés do exército ucraniano na Carcóvia.
Entretanto, respondendo a esse suposto revés (que tratou-se de uma ofensiva, é verdade, mas muito menor do que o noticiado), os russos entraram em um acordo com os líderes das repúblicas populares de Donetsk e de Lugansk, bem como as administrações do atual oblast de Kherson e da parte do oblast de Zaporíjia que foi libertada para realizarem referendos entre os dias 23 e 27 de setembro sobre a integração à Federação Russa.
Esses referendos estavam em suspenso e só ocorreriam, a priori, após a completa libertação do Donbass, quando a guerra tivesse terminado. Porém, como a Ucrânia tenta essa ofensiva, ao invés de adotar uma tática defensiva os russos responderam com uma nova ofensiva.
Primeiro, a ofensiva política: irá garantir, até o final do mês, a união de uma parte importante do território que antes era da Ucrânia ao seu próprio território, o que será uma derrota humilhante para o governo ucraniano e para a OTAN, uma vez que desde 2014 eles vêm combatendo os separatistas a fim de impedir a sua independência e integração com a Rússia.
Depois, uma ofensiva militar, com um número enorme de forças (300 mil homens) para libertar o restante da região sul e sudeste da Ucrânia, cuja população em sua maioria é contra o regime de Kiev e a favor de boas relações com a Rússia.
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