Nesta segunda-feira (24), foi transmitida mais uma edição do programa “Marxismo” pelo canal oficial do PCO no YouTube. O programa apresentado pelo companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária, vai ao ar semanalmente no mesmo dia às 18 horas e o público pode participar realizando perguntas. Os temas combinam conceitos da teoria marxista com a situação atual da política, nesta exibição do programa a pauta da discussão foi “Frente Única e Eleições”.
Em períodos de eleições altamente polarizadas como a atual disputa pela presidência do Brasil entre o ex-presidente Lula e o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, surge no interior da esquerda de conjunto o debate sobre qual posição deveria ser adotada pelos partidos diante da presente situação política. Rui Costa Pimenta esclarece que as eleições são um terreno secundário da luta de classes e que, por isso, não se trata do campo principal de atuação de um partido revolucionário.
Rui Costa Pimenta explica que, diferente do que pensa a maioria das pessoas, não se pode promover mudanças significativas no regime social por meio de eleições. Sendo as eleições uma expressão distorcida da relação de forças existentes na sociedade, permite uma liberdade de ação muito restrita, não sendo possível realizar, por exemplo, a reforma agrária ou confiscar os bancos. Não se pode confundir também reformas que resultam de movimentos populares com ações de um governo, cita como exemplo a criação da Petrobrás no governo de Getúlio Vargas.
Pimenta destaca que um partido revolucionário jamais poderia ganhar as eleições, a burguesia prepararia um golpe muito antes que isso pudesse se materializar. O fascismo surge exatamente diante do crescimento dos partidos comunistas, não que houvesse possibilidade de uma vitória eleitoral, mas uma ameaçava de radicalização das massas operárias.
Rui explica ainda que o objetivo da participação de um partido revolucionário nas eleições é a propaganda política pelo seu programa e que, pela grande diferença programática em comparação aos demais partidos de esquerda, não poderia apoiar candidatos de outros partidos ou realizar coligações partidárias. Um partido revolucionário somente poderia apoiar candidaturas de outros partidos em condições muito especiais, o apoio ao ex-presidente Lula é de interesse de um amplo setor popular e se dá em meio a falência do regime que vigorou de 1988 a 2016.
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