A ditadura ianque, que tenta reprimir dentro e fora de seu próprio país as diversas formas de manifestações e insatisfação da população, ganha uma nova e poderosa ferramenta de opressão policial, uma máquina mortífera, comumente usada em grandes operações militares.
O uso de robôs com o poder de matar em operações da polícia foi aprovado pelo Conselho de Supervisores da cidade de São Francisco, nos EUA. Criticada por ativistas e defendida por quem não corre o risco de tê-los usados contra si, a medida polêmica é mais uma demonstração da força repressiva da ditadura imperialista.
Os defensores da medida dizem que ela só seria usada em situações extremas, porém a definição da dita “situação extrema” se demonstra subjetiva e sua falta de clareza pode representar riscos contra a população que já sofre repressão policial no país.
Apesar de apresentar uma emenda que especifica que os policiais só poderiam usar esses robôs com força letal após empregar táticas alternativas de apaziguamento, não há garantias de que haverá de fato sua aplicação correta, visto que outros procedimentos de abordagens são parcial ou completamente ignorados na prática.
O conselho também estipulou que apenas um número limitado de oficiais de alto escalão poderia autorizar seu uso, a exemplo da polícia de Dallas, no Texas, que apesar de já possuí-los há algum tempo, só usou o próprio robô armado com explosivo C-4 em 2016 para matar um atirador que havia assassinado dois policiais e ferido vários outros.
A alegação da polícia de São Francisco (SFPD, na sigla em inglês) é que “Nenhuma política pode prever todas as situações concebíveis ou circunstâncias excepcionais que os policiais podem enfrentar. O SFPD deve estar preparado e conseguir responder proporcionalmente”.
Porém, a ativista do grupo Stop Killer Robots (Pare os Robôs Assassinos), Catherine Connolly, alerta que a decisão representa um “terreno escorregadio”, visto que a aprovação do uso de robôs pode “deixar os humanos cada vez mais distantes do uso da força e das consequências do seu uso”. Ela conclui dizendo que a medida pode tornar “mais fácil tomar decisões para usar força letal”.
Fica explícito que o imperialismo estadunidense segue sua incessante trajetória de perseguição implacável contra a população que considera, subjetivamente, como suspeitos violentos, armados ou perigosos que representam risco de morte.
Considerando o histórico fascista das polícias dos EUA, essa medida representa uma declaração de guerra contra o povo pobre e trabalhador. Além disso, expõe o tamanho da crise antidemocrática revelada nas diferentes faces autoritárias que o imperialismo estadunidense vem trazendo à tona com cada vez mais frequência nas últimas décadas.