Gabriel Boric

Reacionária, repressiva e neoliberal: a cara da “nova esquerda”

Lacaio do imperialismo, Boric segue as diretrizes de Pinochet e Sebastián Piñera contra os movimentos populares e a população chilena

Como já denunciado por este Diário em várias oportunidades a “nova esquerda” ou o suposto esquerdista Boric que foi eleito presidente do Chile no ano passado, com amplas aplausos da esquerda pequeno burguesa brasileira, principalmente o PSOL, mostra cada vez mais seu caráter reacionário, burguês e imperialista contra as mobilizações sociais e o povo chileno de modo geral. Inclusive quando decretou Estado de Emergência, apelando para os militares para conter a crise social no país no começo do seu governo.

No dia 10 de Dezembro, se comemora no Chile o 74º aniversário do Dia Internacional dos Direitos Humanos. Manifestantes fizeram uma marcha desde a Plaza de la Dignidad até a Plaza de Armas, em Santiago. Durante a caminhada, a presidente da Associação Nacional de Familiares de Executados Politicamente, AFEP, e porta-voz da Coordenadora de Direitos Humanos e Sociais, Alicia Lira, relembrou os 31 anos da ditadura Pinochet, saudou aqueles que lutaram contra, e afirmou que mesmo após 49 anos após o golpe, ainda se faz necessário a busca por corpos e de pessoas desaparecidas e até mesmo a punição de assassinos e torturadores.

As palavras de ordem foram basicamente pelo fim das prisões políticas no país e pelo fim da militarização e da repressão principalmente em território Mapuche.Alicia Lira afirma de forma clara que há muito militantes presos desde as manifestações que aconteceram em 2019 contra o governo criminoso de Sebastian Pinera e exige a liberdade de todos eles. Para Lira, nada mudou e as violações dos Direitos Humanos continuam. “Muitos jovens que foram presos no âmbito do levante social de 2019 ainda estão em prisão preventiva. Exigimos sua liberdade.”

Ao analisar de onde saía o esquerdista Boric – paparicado e impulsionado pela imprensa burguesa – através de suas declarações contra os governos que mais lutam na América Latina contra o imperialismo norte americano como por exemplo, Venezuela, Nicarágua e Cuba, não foi difícil perceber que estávamos diante de mais um golpe travestido de esquerda no continente, lacaio do imperialismo, Boric estava pronto para assumir o governo chileno e continuar a perseguição aos movimentos sociais e a esquerda mais combativa dentro do país.

Logo no início do governo, a população percebeu que não se tratava de nenhuma mudança no governo entre Pinera e Gabriel Boric. O ministro da Fazenda, Mario Marcel, é reconhecidamente neoliberal e, como chefe da área econômica, tem se comportado em linha de continuidade com relação ao governo anterior. Boric mantém no cargo de diretor geral do Carabineiros, Ricardo Yáñez e o general Luigi Lopresti na Direção de Inteligência Policial, Dipolcar, pessoas que atuaram de forma cruel nos dias mais tensos de mobilização no Chile contra a população.

Temos que ressaltar o carater extremamente violento como foi a repressão as mobilizações populares no Chile, uma pesquisa rápida e veremos quantos militantes morreram e quantos ficaram cegos por conta dos tiros de arma de fogo e de borracha dos Carabineiros contra os manifestantes. As prisões ilegais, que inclusive continuam até os dias hoje, sem contar desaparecidos. Os ataques ao povo chileno foram dignos das piores ditaduras já vistas pelo mundo afora.

Dauno Tótoro, militante do Partido dos Trabalhadores Revolucionário do Chile, para a Piensa Chile, descreve bem como está atuando a “nova esquerda” chilena: “Três anos depois da rebelião popular, a impunidade continua para os repressores materiais e seus representantes políticos. Da mesma forma, o governo bórico intensificou a repressão e a militarização das comunidades mapuche, por exemplo, com a prisão política do porta-voz da Coordenadora Arauco Malleco, CAM, Héctor Llaitul, o que constitui uma verdadeira loucura e uma operação contra organizações políticas. , uma trama que a direita orquestrou, mas que o governo está aplicando “. (sic) afirma Tótoro. 

Visto a situação do chileno, que neste momento se encontra na mão de um fantoche da burguesia neoliberal nacional e internacional, a única forma de luta que se vale e é concreta contra o neoliberalismo é a organização popular. A mobilização do povo é o caminho que levará o Chile a um mínimo de libertação das garras dos sanguessugas Yankees e o imperialismo. É preciso colocar em marcha uma verdadeira luta por um constituinte que leve realmente em consideração os direitos populares e não aquela identitária, rasa e abstrata que o Governo tentou empurrar goela abaixo dos chilenos e foi rechaçada pela população alguns meses atrás.    

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