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Como não é na África

Racismo na Ucrânia: onde estão os identitários?

Homens do governo ucraniano e jornalistas dizem que se fosse na África seria normal pessoas morrendo, mas como é num país de "loiros dos olhos azuis" isso precisa ser combatido

Em meio a ação militar russa na Ucrânia, na luta pela desnazificação e desmilitarização do país do leste europeu, contra o governo no poder que nada mais é que um serviçal direto dos altos interesses  capitalistas e do maior imperialismo mundial, uma entrevista concedida à emissora britânica, a BBC, pelo vice-procurador-chefe da Ucrânia, David Sakvarelidze, demonstrou que o racismo é um princípio do governo nazista, quando disse:  “

“É muito emocionante para mim porque vejo pessoas europeias com olhos azuis e cabelos loiros sendo mortos, crianças sendo mortas todos os dias pelos mísseis, helicópteros e foguetes do [presidente russo] Putin”. O comentário do funcionário do alto escalão do governo ucraniano sobre pessoas com ‘olhos azuis e cabelo loiro’ sendo mortas, mostram exatamente a concepção de classe dos nazistas no poder da Ucrânia; o racismo é uma questão de princípio de governo. 

Mostrando todo o caráter fascista desta e de outras colocações de eminentes pessoas do governo nazi-fascista de Zelenski, vários jornalistas publicaram centenas de declarações semelhantes contra a cobertura ocidental da imprensa capitalista feitas em vários dos principais canais de notícias durante a cobertura da operação militar russa na Ucrânia. 

Entre estas declarações vários jornalistas ressaltam que milhões de usuários de redes sociais pelo mundo acusam a mídia de hipocrisia em sua cobertura da guerra da Rússia contra a Ucrânia em comparação com outros conflitos. 

Nas redes sociais, a velocidade de tal resposta internacional – que inclui a exclusão da Rússia de alguns eventos culturais e o tratamento dela como pária no esporte, que já vem desde as últimas olimpíadas e se reforçou agora com a expulsão da seleção russa da Copa do Mundo do Catar – levantou sobrancelhas pela falta de tal reação a outros conflitos em todo o mundo. 

Nesta posição criminosa e reafirmando que nos momentos decisivos da luta de classes mundo afora a imprensa capitalista sempre foi, é, e será totalmente parcial a serviço dos interesses econômicos imperialistas, inúmeros outros especialistas da imprensa capitalista, jornalistas e figuras políticas foram acusados de duplo padrão por usarem seus meios de comunicação não apenas para elogiar uma farsesca resistência armada da Ucrânia às tropas russas, mas também para subjacente ao seu horror em como tal conflito poderia acontecer a uma nação “civilizada”. 

Vejamos alguns exemplos desta corrompida imprensa capitalista: 

O correspondente da CBS News em Kiev Charlie D’Agata disse: “Este não é um lugar, com todo o respeito, como o Iraque ou o Afeganistão que tem visto conflitos se espalhando por décadas. Esta é uma cidade relativamente civilizada, relativamente europeia – eu tenho que escolher essas palavras com cuidado, também – cidade onde você não esperaria isso, ou espera que isso acontecesse.” 

Imediatamente nas redes sociais as pessoas mostravam toda a sua ira contra D’Agata, mostrando escárnio e raiva nas redes sociais, com muitos apontando que suas declarações contribuíram para a desumanização de pessoas negras e outras não europeias que sofrem sob um conflito dentro da grande mídia. 

No sábado, após o comentário racista do ex-vice-procurador-geral da Ucrânia, David Sakvarelidze, o apresentador da BBC respondeu: “Eu entendo e, claro, respeito a emoção”. 

O apresentador inglês da Al Jazeera Peter Dobbie descreveu os ucranianos que fogem da guerra como “pessoas prósperas de classe média” que “não são obviamente refugiados tentando fugir de áreas no Oriente Médio que ainda estão em um grande estado de guerra; não são pessoas tentando fugir de áreas no norte da África, elas se parecem com qualquer família europeia da quem você moraria ao lado.” Mostrando que a própria emissora árabe acaba sofrendo ataques internos de seus funcionários coxinhas. No mesmo dia, a rede de imprensa árabe emitiu um pedido de desculpas, dizendo que os comentários “foram inapropriados, insensíveis e irresponsáveis”. 

 Apoiando os nazistas ucranianos a Sky News transmitiu um vídeo de pessoas na cidade ucraniana central de Dnipro fazendo coquetéis Molotov, explicando como fazer para que um coquetel molotov tenha melhor ação no ataque a veículos pró Rússia.  

A incrível mídia ocidental tradicional dá uma cobertura brilhante das pessoas que resistem à invasão fazendo coquetéis molotov”, comentou um usuário da rede social. “Se fossem pessoas marrons no Iêmen ou na Palestina fazendo o mesmo, seriam rotulados como terroristas que merecem bombardeios de drones EUA-Israel ou EUA-Saudita.” 

No canal de maior audiência na França, o jornalista Philippe Corbe disse: “Não estamos falando aqui de sírios fugindo do bombardeio do regime sírio apoiado por Putin, estamos falando de europeus saindo em carros que se parecem com os nossos para salvar suas vidas”.  

Este comentário vindo de um jornalista do chamado país multi-cultural europeu, mostra em mais uma oportunidade que a elite francesa também não liga para o resto do mundo. 

Um jornalista britânico, chamado Daniel Hannan, mostrou toda sua falta de conhecimento sobre as guerras pelo mundo afora em passado recente, dizendo em artigo publicado no The Telegraph “que a guerra não acontece mais em populações empobrecidas e remotas”. 

Corroborando todo este racismo, dezenas de políticos europeus também expressaram apoio às fronteiras abertas para os refugiados ucranianos, usando terminologias como “intelectuais” e “europeus” – um grito distante do temor usado pelos governos contra migrantes e refugiados da África, do Oriente Médio e da Ásia Central. 

Contra isto, um usuário de rede social respondeu: “Pele é um passaporte… cidadania epidérmica”. 

Em outro comentário Jean-Louis Bourlanges, deputado da Assembleia Nacional Francesa, disse a um canal de TV que os refugiados ucranianos serão “uma imigração de grande qualidade, intelectuais, uma que poderemos aproveitar”. 

A operação russa, na defesa de seus interesses e segurança e contra a nazificação do país vizinho tem sido anunciada pela mídia liberal como a pior crise de segurança da Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, contribuindo para a amnésia geral de conflitos relativamente recentes no continente, como a guerra da Bósnia na década de 1990 e o conflito da Irlanda do Norte que durou desde a década de 1960 até 1998. 

Mostrando toda uma enorme falta de princípios, muitos comentaristas internacionais e também os lambe botas do imperialismo em nosso país elogiaram a (falsa) firmeza dos ucranianos e as capacidades de defesa do país (que na verdade só se mantém pelo investimento massivo dos países imperialistas nos últimos meses), de uma forma que eles sugeriram, de maneira tão absurda, que nenhuma outra nação ou povo já havia passado por tais experiências antes. 

Se somando a toda essa farsa internacional dos veículos de imprensa capitalistas e pró imperialistas, no Brasil, os identitários daqui também têm se transformado em campeões da hipocrisia; são post doctoral em não ter princípios políticos e mestres em ter duplo padrão em suas “análises”, que afinal, não resistem ao mais tenro debate político, mas para levarem a frente todo seu compromisso com a política imperialista estão elevando ao máximo todo seu cinismo aqui no Brasil, se transformando em tigrões com os pés rapados que falam alguma coisa nas redes sociais e buscam cancelar aqueles que não falam a sua linguagem, mas são tchutchucas com os verdadeiros racistas e xenófobos. No Brasil já abaixaram e mudaram as cores de suas bandeiras porque a direita pró imperialista nazi-fascista e o imperialismo assim exigiram. 

Não fossem as várias denúncias e investigações jornalísticas feitas por este diário, mostrando as ligações e alianças de importantes baluartes desta esquerda pequeno burguesa com o imperialismo e até com a CIA, que o diga o Boulos, chamaria a atenção que esta esquerda, até ontem “antifascista” contra o youtuber Monark, agora que temos um governo nazista financiado pelos Estados Unidos e demais países imperialistas como Alemanha, França e Inglaterra, esta esquerda é pacifista, e, em vários casos, se coloca contra a entrada dos russos na Ucrânia, quando é justamente a hora de apoiar e vibrar com a luta real contra os nazistas e se posicionar contra todo racismo europeu, silenciam e defendem as SS ucranianas. 

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