─ Sputnik News ─ O presidente russo, Vladimir Putin, comentando a operação militar especial russa, afirmou que o país não tem nada a esconder, o trabalho é relatado de maneira clara e objetiva.
Além disso, ele ressalta que tudo está decorrendo conforme os planos. Putin também afirmou que é preciso alcançar as metas com o menor número de perdas possível.
Durante a coletiva de imprensa conjunta com Lukashenko após suas negociações, Vladimir Putin ressaltou o papel dos militares russos na Ucrânia:
“Ao cumprirem tarefas difíceis e perigosas em Donbass e na Ucrânia, nossos soldados protegem os interesses da Rússia, defendem a Rússia”.
Por fim, o mandatário destaca que para o Ocidente a Ucrânia é um instrumento para alcançar seus próprios objetivos.
O líder russo revelou que foi informado sobre a mudança do posicionamento ucraniano quanto às negociações: “Ontem [11], disseram-me que o lado ucraniano tinha mudado alguma coisa no posicionamento com relação às conversações. Ainda não tenho detalhes.
“O presidente russo afirmou que a inconsistência de Kiev no processo de negociações e o afastamento ucraniano dos compromissos alcançados em Istambul criam dificuldades.
Putin: economia e sistema financeiro da Rússia estão se mantêm firmes e fortes
O presidente russo Vladimir Putin afirmou que a economia e o sistema financeiro da Rússia continuam firmes e fortes. Com relação à influência das sanções na economia russa, Putin afirmou que a guerra econômica planejada pelo Ocidente não deu certo.
“A economia da Rússia está funcionando bem estável e eficientemente. O curso do dólar voltou aos parâmetros do início da operação, embora, em prazo médio e longo, os riscos possam aumentar. Em qualquer caso, os adversários da Rússia pretendem exacerbar sua atividade ainda mais, mas, de outro lado, o bom senso também deve colocar acentos”, afirmou Putin.
Em médio e longo prazo, a perspectiva de risco de impacto pelas sanções na economia russa pode aumentar. Tudo está ligado em cadeia, se os parceiros agravarem a situação, então ela será agravada para eles, ressaltou Putin.
De acordo com suas palavras, o Ocidente não entende bem que o povo russo sempre se une em condições difíceis, e que quando problemas surgem para os russos, surgem inevitavelmente também para quem os proporcionaram – os europeus:
“Se hoje os nossos parceiros agravarem a situação no âmbito financeiro, de seguros e no setor de transporte, inclusive marítimo, a situação vai se agravar também para eles.”
Conforme o mandatário belarusso, os líderes discutiram a situação na Ucrânia. Entre outras coisas, foi abordado o incidente na cidade ucraniana de Bucha. Lukashenko informou que pode ajudar com materiais para investigar a preparação da operação em Bucha e fornecê-los caso seja necessário.
O presidente afirmou que a provocação em Bucha foi “uma operação especial” encenada pelo Reino Unido: “Nós discutimos hoje a operação especial deles, uma operação especial psicológica que foi realizada pelos britânicos.”Logo depois, Vladimir Putin informou que Lukashenko lhe entregou os documentos que desmentem a encenação falsa em Bucha.
O chefe de Estado belarusso revelou que discutiu com seu homólogo a operação especial russa e afirmou ter dito que “nós não permitiremos que ninguém atire nas costas do homem russo“.
De acordo com as palavras do mandatário belarusso, se a operação russa tivesse sido iniciada um pouquinho depois, “então contra os territórios russos teria sido preparado, como eles consideravam, um ataque esmagador, e também contra regiões vizinhas”.
Aleksandr Lukashenko acrescentou ainda que decidiu com Vladimir Putin as condições de entregas do petróleo russo para Minsk e a assistência às refinarias petrolíferas em Belarus.