Após quase sete meses que a Rússia iniciou a operação na Ucrânia, em 24 de fevereiro, as tentativas do exército russo em conter os Estados Unidos em sua sanha imperialista por dominação em parceria com a Otan, bem como a opressão do Estado ucraniano por meio de grupos nazistas responsáveis pela morte de milhares de pessoas nas regiões de Donetsk e Lugansk nos últimos 8 anos, por exemplo, têm demonstrado seus efeitos positivos, concretos, apesar do trabalho incansável dos monopólios da imprensa internacional em afirmar o contrário e das sanções criminosas encabeçadas pela América do Norte contra toda Rússia.
Dando continuidade a essa luta de libertação, nesta quarta-feira, dia 21 de setembro, Vladmir Putin, em decreto anunciado pelo Kremilin, convocou uma mobilização parcial em defesa da “pátria, sua soberania e integridade territorial”. Em matéria publicada no sítio de notícias virtuais espanhol, televisãosul, Putin, em mensagem à nação, explicou, em sua declaração, que para conter os milhões em financiamentos de guerra e ataques do imperialismo contra o “nosso povo e do povo nos territórios libertados”, considera “necessário apoiar a proposta do Ministério da Defesa e do Estado-Maior de realizar uma mobilização parcial”. Além disso, esclareceu ainda que “neste serviço militar só serão recrutados os que integram a reserva, tenham servido nas Forças Armadas e possuam competências e experiência relevantes”.
Se os objetivos iniciais de quando do início da operação permanecem os mesmos como afirmou Putin, isto é, a libertação de todo o território de Donbass, essa nova ação é mais um avanço no sentido de libertar as regiões até então sob o julgo da opressão, já que a autoproclamada República Popular de Lugansk está quase que completamente livre dos nazistas e que, por sua vez, Donetsk, ao que tudo leva a crer, caminha na mesma direção.
Vale lembrar que nesta convocação parcial da população, serão convocados cerca de 300.000 reservistas, o que se justifica ainda mais se levarmos em conta que foi proferida após as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, no Donbass, e as regiões de Kherson Zaporozhie, ao sul da Ucrânia, terem anunciado que realizarão referendos com o objetivo de ingressarem na Rússia. É importante ressaltar também, que a seguir a declaração de Putin, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, explicou que o exército ucraniano segue sofrendo baixas. Já são 61.207 mortos, sem contar os feridos que já alcançam a marca de 49.368. Em resumo, a Ucrânia, mesmo com o apoio do imperialismo, continua perdendo contingente, ou melhor, perdeu até agora metade de seu exército.
Esses fatos demonstram que a luta russa e das demais regiões até agora massacradas pela política assassina de restrições do imperialismo contra uma população e, ao mesmo tempo, militarmente em conluio com os grupos nazistas e a Otan tem fracassado. E que, de fato, esta mesma população convocada a defender a soberania russa é uma força extremamente importante dentro da sociedade e que este exemplo deve ser seguido por outras nações. Tal como aconteceu no Afeganistão e agora com a operação russa, estes acontecimentos devem servir como agentes mobilizadores de toda classe operária mundial em sua luta contra o imperialismo e seus mecanismos de morte.