Há cerca de duas semanas, tem se verificado uma mobilização intensa por parte do empresariado brasileiro em direção a Bolsonaro. Movimentação que, inclusive, esteve repleta de ilegalidades, como a coação dos patrões a seus funcionários para que não votassem em Lula. Tudo isso acompanhado com uma inação total por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que nada fez para impedir tais crimes.
Ao mesmo tempo, instituiu-se a possibilidade de gratuidade dos transportes públicos em todo o País para facilitar a votação da parcela mais pobre da população. Todavia, esse decreto foi manipulado ao bel prazer do bolsonarismo, sendo liberado, em sua maioria, apenas em cidades nas quais Bolsonaro ganhou no primeiro turno.
Todos esses fatores já indicavam uma mobilização patronal e uma cumplicidade do Estado com os crimes eleitorais de Bolsonaro. Todavia, no dia de hoje, com a realização do segundo turno das eleições, isso se intensificou e se escancarou à luz do dia com as operações ilegais da PRF concentradas principalmente no Norte e no Nordeste do Brasil.
Com isso, fica mais do que claro que existe, de fato, uma ampla mobilização por parte dos capitalistas para favorecer Bolsonaro, mobilização essa que já possui condições mais do que suficientes para influir no resultado das eleições.
Nesse sentido, qualquer resultado que prejudique Lula, alvo dessas operações, deve ser colocado imediatamente sob suspeita por parte de toda a esquerda e, sobretudo, por parte do PT. Finalmente, caso Bolsonaro vença as eleições, não deve ser aceito como presidente legítimo, mas sim, fruto de ainda mais um golpe da burguesia contra o povo brasileiro.
Para tal, as organizações de esquerda devem convocar todos os trabalhadores para se mobilizarem contra o golpe de Estado, reivindicando a eleição de Lula nas ruas. Afinal, essa é a única maneira de garantir a vontade dos trabalhadores, por meio da força e contra o gigantesco capital despendido pelos patrões na fraude eleitoral contra o PT.