Está se concretizando um dos maiores golpes eleitorais dos últimos anos. O objetivo é claro: impedir que Lula seja eleito Presidente da República.
Esse golpe foi detalhadamente tramado diretamente pelo governo, em conjunto com os dirigentes da campanha de Bolsonaro e a burguesia na sede do governo em Brasília, capital federal.
As operações realizadas hoje, desde a madrugada, pelos órgãos de repressão, isto é, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Federal, as forças armadas e outros, foram planejadas previamente com o objetivo de impedir o eleitor de Lula de votar. Uma série de denúncias já circulam mostrando que as polícias rodoviárias paravam os carros com adesivos e bandeiras de Lula, mas deixavam passar tranquilamente os carros com materiais da campanha de Bolsonaro.
Soma-se a isso toda uma operação de coação eleitoral dos patrões, obrigando os trabalhadores a voltarem em Bolsonaro.
Já está cristalino que está em marcha uma ampla mobilização patronal em prol da reeleição de Bolsonaro. Um golpe que pode ser barrado pela mobilização popular, nas ruas. Sem isso, a burguesia poderá sair vitoriosa.
Neste sentido, os resultados parciais da eleição já refletem essa mobilização dos capitalistas contra Lula. Até o momento, Lula está perdendo para Bolsonaro, mesmo que seja por 1%.
Caso Bolsonaro vença, o que a situação atual indica, não devemos acreditar no resultado das urnas. Não será um presidente legítimo, mas sim fruto do golpe da burguesia contra todo o povo trabalhador. A próprio margem de vantagem, com menos de 1%, demonstra como a situação está apertada para o candidato da burguesia, mesmo com todo o controle do aparato governamental e apoio dos capitalistas.
Cabe a Central Única dos Trabalhadores colocar os trabalhadores em movimento, mobilizar contra o golpe, reivindicando a eleição de Lula nas ruas. Essa é a única forma de derrotar a burguesia: mobilização nas ruas.