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Federação Partidária

PSOL se integrará oficialmente à rede golpista?

Partido de Guilherme Boulos se abraça com o partido golpista e direitista de Marina Silva contra o PT

marina silva e guilherme boulos

Com o debate que vem sendo feito ultimamente a respeito da tal Federação Partidária, e que partidos minoritários teriam que se unir entre si, ou com outros maiores para poderem superar a cláusula de barreira, nada mais natural, pelo menos no papel, de o PSOL se juntar ao PT, pois com isso já estaria superado o problema. Uma coisa que se espera de uma federação desse tipo, seria a aproximação dentre aqueles com algum tipo de concordância, senão programática, pelo menos dentro do espectro político e ideológico.

Na vida real, o que temos visto é o PSOL se articulando com partidos que têm em comum o fato de serem antipetistas. No golpe de 2016, na farsa do impeachment, dos quatro deputados que a Rede possuía, dois votaram contra Dilma Rousseff. O mesmo vale para o PDT, de Ciro Gomes, famoso pelos ataques virulentos contra Lula; de seus 12 deputados, seis votaram contra a ex-presidenta. Ainda com relação ao PDT, dos 27 votos que tinha para votar contra a Reforma da Previdência, 8 foram a favor – um terço da bancada.

PSOL e PDT

Em janeiro deste ano, PSOL e PDT já vinham conversando sobre apoios mútuos envolvendo a candidatura de Guilherme Boulos ao governo de São Paulo. Candidatura, diga-se, que tem como função principal retirar votos de Fernando Haddad, apontado para a disputa pelo Partido dos Trabalhadores. Boulos não tem a menor chance de vencer o pleito. A votação que teve na disputa anterior, foi toda herdada de petistas descontentes com a candidatura de Jilmar Tatto. Em troca do apoio a Boulos, o PSOL abriria mão de um candidato próprio ao senado por São Paulo e apoiaria o escolhido pelo PDT, que pode até vir a ser um ex-comandante da ROTA, Mário Filho.

Nas eleições em 2020 para a prefeitura do Rio de Janeiro, vimos o PSOL boicotar o PT. Marcelo Freixo, hoje no PSB, retirou a candidatura, apesar de ter ido para o segundo turno na eleição anterior e de ter boas chances, o que favoreceu a eleição de Eduardo Paes. Freixo, desde o início, já havia declarado que votaria em Paes em uma eventual disputa contra Marcelo Crivella, usando a desculpa do ‘mal menor’, de que se deve votar em qualquer um contra o fascismo.

PSOL e Rede

O senador Randolfe Rodrigues (AP), acha que é uma “aliança inevitável”, uma questão de sobrevivência se juntar ao PSOL em uma federação. Segundo a Folha de São Paulo, os partidos traçam mapas de disputas estaduais e não veem ‘divergências significativas’.

Randolfe, que participou da farsa da CPI da Covid, gosta de dizer que a Rede é o partido que mais tem confrontado Bolsonaro, pois tem 8 ações no STF contra as extravagâncias das presidente ilegítimo. Isso é mesmo confrontar? Quais são as chances de ações resultarem em alguma coisa? Zero.

O senador da Rede comemora, calcula que da possibilidade de eleger um deputado federal, com a federação esse número poderia chegar de 15 a 20. Para ele, essa união levaria seu partido mais para a esquerda, enquanto atrairia o PSOL mais para o centro (leia-se direita).

Frente ampla, mas nem tanto

O PSOL trabalha contra o PT e a cada dia fica mais claro. Quem não se lembra dos esforços para formarem uma “Frente Ampla”, “quanto mais ampla melhor”, para derrotar o fascismo encarnado em Jair Bolsonaro? Até o cadáver do movimento pelas Diretas, Já! foi ressuscitado por Guilherme Boulos, para defender tal proposta. Boulos apenas omitia que no movimento pelas Diretas o povo foi traído. Um mero ‘detalhe’.

Sim, os fervorosos articuladores pela Frente Ampla, que se esforçaram para infiltrar a direita ‘democrática’ nas manifestações de rua pelo Fora, Bolsonaro, que tentou compor com Dória, Ciro Gomes, Itaú et caterva, passou a dizer que seria difícil apoiar uma suposta chapa Lula-Alckmin. Qual é a lógica? Se João Doria (Bolsodória para os íntimos), que é do PSDB, é aceitável, por qual motivo Alckmin, ex-PSDB, seria um empecilho? O PSOL agiu para tentar impedir que manifestantes levassem faixas de Lula Presidente nas manifestações, teve parlamentar participando da manifestação do MBL na avenida Paulista. O que mais precisam fazer para provar seu antipetismo?

A falta de vontade de o PSOL apoiar uma candidatura Lula é de primeira hora. A proposta para essa candidatura, que é a única com chances de derrotar Bolsonaro, foi lançada em agosto de 2020 pelo companheiro Rui Costa Pimenta, em um debate promovido pela imprensa progressista com presidentes de partidos (a partir de 53 minutos, assista), Juliano Medeiros, presidente do PSOL, desconversou, disse que era muito cedo, que seriam necessários “debates de fundo”, que “isso leva tempo”; “que tipo de esquerda a gente quer para o Brasil” etc. Nada que já não saibamos.

debate presidentes dos partidos
Debate presidentes dos partidos na mídia progressista

O companheiro Rui deixou bem claro naquele debate que Lula é o único candidato com apelo popular, que não havia outro. E que a esquerda deveria se unir em torno dessa candidatura para começar a mudar a correlação de forças com a direita, que vem avançando sucessivamente contra a classe trabalhadora. O acerto dessa proposta se fez verificar imediatamente nas reações do chat, os internautas passaram a elogiar o companheiro.

chat
Reações no chat após colocações do companheiro Rui Costa Pimenta

As próximas eleições serão uma verdadeira guerra, e numa guerra é importante saber quem está contra e quem está a nosso favor. É preciso detectar quem são os infiltrados da direita que sabotam o movimento. Existe muita coisa em jogo, o imperialismo está de olho e não quer de jeito nenhum que Lula seja eleito. Por isso é importante o empenho de todos para que possamos dar um passo importante na luta para derrotar o golpe e seu principal mandante, o imperialismo.

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